domingo, 27 de novembro de 2016

Não acredito em Papai Noel, mas em Papai do Céu...



          Queria acreditar  que o Papai Noel  trará realmente  presentes para todos os necessitados. Que não exista mais criancinha feito ursinho abandonado e olhar tristonho.  Mesmo porque não quero ficar vendo nenhum programa de televisão a violência que, nós brasileiros, estamos sofrendo.  É muita corrupção! É muita sujeira  que não há lava-jato que limpe essa lama que escorre pelas beiradas do nosso país.
           Enquanto ficamos à  espera da presença do bom velhinho...  Como não entrar nesse clima e correr atrás das promoções americanizadas como a tal da “Black Friday”. Queria realmente ganhar  uma editora disposta a driblar a crise,  onde lá tivesse um bom velhinho, aliás, nem precisaria ser tão  bom, bastarei ser  leitor, um admirador de literatura.  Mas não adianta correr  balcões quando o país está mergulhado  nas propinas. E mais um ano novo se aproxima...  o que nos reserva se o Papai Noel encontra-se desaparecido?
          Expectativas. Sonhos. Desilusão. Sim, porque  o velhinho estará bem distante nos primeiros dias do ano e aparecerá apenas no natal seguinte,  sobrariam  os impostos a vencer.  Não! Natal é diferente! Realmente, é diferente? Para quem?!!!  Mesmo sem vontade, vejo um programa jornalístico onde é apresentando uma fortuna em jóias  da esposa de um desses poderosos que estão presos, aliás, desfrutando uma mordomia domiciliar, desculpe-me,  prisão domiciliar.  E ao ser interrogado sobre o porquê pagar tantas joias em dinheiro, ele diz não se lembrar.  Brasil, quem paga essa conta?
          Se  o "Senhor  dos aneis" investisse mais em educação, cultura, saúde,  literatura... se lembraria do valor gasto,  mesmo se esquecesse os beneficiados lembrariam.   E a minha indignação aumentou quando fui atrás da única editora que  aceitava publicar sob demanda,  e encontrei  a “porta  fechada” por conta da crise do país,  a editora só aceita o pedido mínimo de 50 livros.
          Volto a olhar a quantidade de jóias sendo exibidas em diversos canais televisivos e penso no valor que teria que pagar por cinquenta exemplares, acrescidos das despesas de impressão, diagramação, correios... Sei o quanto me custaria cada uma das cinquenta joias... E acabo, deixando para o natal seguinte, quem sabe daqui até lá o Papai Noel resolva sair do seu trenó?


            Papai que nunca perdeu uma batalha para ninguém, é o Papai do Céu.   Quando pensamos que estamos só, inesperadamente, a porta é aberta! Pessoas nos acolhem.  Papai do Céu é tão grandioso que preenche-nos  de tal modo, ocultando as nossas necessidades.  E Ele não precisa se levantar de nenhum trenó, mas levanta pessoas. Abençoa pessoas. Ama pessoas.  E essas pessoas abençoadas fazem a diferença abençoando outras...
       
                                                          Elisabeth Amorim

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