domingo, 26 de junho de 2016

Com o tempo aprendemos...(mensagem)


O tempo é o tranquilizante  eficaz para  o controle das emoções.  Porque com o tempo vem a experiência, a cautela e o domínio da impulsividade. Só o  tempo nos dar maturidade para sair  de certas situações embaraçosas  e vivermos intensamente o momento presente, fazendo as  travessias nas pontes construídas.  Como assim?
Respire bem fundo, deixe os batimentos cardíacos normalizarem. Pronto! Só depois  responder as provocações diárias com sabedoria. Isso se valer a pena alguma resposta. Porque se a pessoa que gerou o mal-estar é  insignificante, deixe-a  esperando a resposta. Um dia ela crescerá também, e  irá se envergonhar  das agressividades gratuitas dirigidas a quem nunca lhe fez mal algum.
Já houve um tempo que tinha a resposta para tudo. E o que ganhei dando respostas prontas  a pessoas que não estavam dispostas a ouvi-las? Nada de bom.  Com o tempo a gente aprende a não se martirizar quando só  notam defeitos.  Não adianta querer ensinar algo  para quem acha que aprendeu tudo,  nem tentar justificar-se diante de pessoas que já assinaram o veredito a seu respeito.  Então,  entregue-se  ao tempo.
Ele cura cicatrizes  mas poderá abrir novas, mas  com a maturidade  você se sairá bem. Agora, não vale  agir como uma criança sapeca, depositar o seu pacotinho de lixo na porta do vizinho.  Aprenda a lidar com os medos e fracassos, as angústias,  ansiedades e depressões...
Conheci virtualmente um leitor/escritor que a cada texto lido deixava um recadinho agressivo para o autor, referindo-se de forma depreciativa, preconceituosa. E fui acompanhando  a busca dele desenfreada pelos meus textos,  apenas para agredir-me gratuitamente.  Um dia, cansada dos rótulos a minha pessoa,  agir como ele ou como uma criança perversa,  fiz um texto/recado, falando sobre "ser inconveniente"...  Esse  texto ele me parabenizou,   classificou-o como  melhor de todos.  Confesso,  arrependi da  pequena travessura, pois depois dos elogios, ele desapareceu, sem antes, claro, fazer um texto diretamente para mim.  Talvez, se eu tivesse dado o tempo que ele precisava  para reconhecer que estava viciado em ler textos ruins, pobres, vazios e outros adjetivos deixados na página, eu teria ainda hoje um leitor assíduo, mesmo para criticar-me, e daí? A literatura online é  para que os prováveis leitores critiquem, elogiem, compartilhem ou ignorem.  Só é preciso entender que a crítica precisa ser para o texto e não para o autor.

Um amigo me disse que a vida ensina que para crescer  é preciso aliar-se a pessoas mais inteligentes... Sim, mas se por acaso os inteligentes não quiserem alianças, nós, pobres errantes,  crescemos do mesmo jeito, demora um pouquinho, porém, com o tempo apendemos também a ouvir a  doce voz do silêncio e desmontamos a literatura.

                                                                                                              Eamorim

Um comentário:

Literatura de mainha 6 - Afirmação de identidades

 Mais um vídeo para você prestigiar.  Textos básicos; O sapo - Rubem Alves O sapo que não virou príncipe - Elisabeth Amorim