Era uma vez uma linda jovem chamada Brisa da Manhã.
Sorridente, feliz e muito comunicativa.
Com longos cabelos loiros ela chamava
a atenção por onde passava. Muitos pensavam que ela tentaria a carreira de
modelo. Enganaram-se, para Brisa o
caminho escolhido foi de enfermagem. E se tinha uma coisa que ela gostava de
fazer era atender o público infantil. As crianças gostavam de chamá-la de Princesa.
Um dia Brisa sentiu-se mal no trabalho. E ao ser
medicada, percebeu que tinha algo grave em sua cabeça . E para curá-la teria que perder os lindos cabelos que há mais
de dez anos que ela não cortava, e submeter as seções de quimioterapia . A sua
tia que tinha uma grande admiração por Brisa e pelos os cabelos, dissera:
_ Brisa vamos comprar
uma coleção de perucas para você! Não fique triste, que o seu cabelo crescerá
rapidinho.
Brisa sorri para a tia e diz:
_Não precisa comprar nenhuma peruca, minha tia. Mas a minha
tristeza não é a questão do cabelo se
crescerá ou não rápido. Com a minha
doença passei a pensar naquelas pessoas que nunca tiveram opção de deixar ou
não o cabelo crescer. Há muitas crianças
que nascem com leucemia. Há muitas mulheres que nunca nasceram cabelos. Se a
minha careca constranger alguém é só não olhar para mim, porque eu olharei a
todos de frente. E no dia que eu quiser mudar meu visual e achar que devo usar
uma peruca ou um lenço para inovar... usarei. Quem gosta de mim, sabe dos meus problemas de saúde, não mudará o
conceito por conta de uma peruca, porque eu sou a mesma. E o mesmo vale para quem
não gosta e me acha feia...
E a família dela se
comoveu e abraçou a jovem Brisa de 25
anos. Os pais falaram como se tivessem
combinados:
Brisa começou o tratamento, em consequência ela perdera os lindos cabelos. No hospital em
que ela trabalhava, ela não quis se afastar,
e passou a dar plantão no setor da pediatria, na ala que em tratavam casos parecidos
com o dela. E mesmo sem querer, tornou-se
a enfermeira número um das crianças. O
local onde ela trabalhava mais parecia um castelo, as paredes coloridas e vários livros infantis e brinquedos disponíveis.
Uma vez por semana ela se
vestia de princesa e tirava fotos
com as crianças. E ela passava para as crianças que o único tempo que temos
domínio é o presente. `Por mais que desejemos um futuro melhor só temos a
garantia de um agora. E agora podemos
sim, fazer a diferença, podemos sim, fazer a nossa parte . E no presente temos que viver bem. Quando
cada um fizer a sua doação de atitude humana em prol do outro, poderemos sim,
sonhar não apenas com um Natal feliz,
mas com uma humanidade feliz todos os dias.
Enquanto ela pousava
para a foto...a espera outra criança
fala alto:
_MAMÃE, QUERO UMA FOTO COM AQUELA PRINCESA CARECA! Ela é linda, não é mamãe? ... E eu também sou...
pois ela se parece comigo. Quem é ela, mamãe?
_ Realmente filhinha, ela é linda igual a você. Ela é uma
brisa da manhã que entra em nossas vidas para nos ensinar fazer a diferença.
Elisabeth Amorim/2014
Elisabeth Amorim/2014
* As imagens estão disponíveis no site YAHOO. O texto é ficcional as imagens apenas ilustram um texto fruto de uma LITERATURA DESMONTADA.( da imagem surge o texto)
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