quinta-feira, 21 de maio de 2015

Sem pudor ( poesia)



De repente invado a tua vida
Pelos fios conectados
Sussurros palavras em teu ouvido
Ah, deixo escapar um... gemido
Contido,
Atrevido,
Escapole como um zumbido,
Gesto controlado.



Sinto tu em chamas.
Pois sou o teu sol!
 Rompes o silêncio,
 O drama.  A cama.



Para que  aconteça a magia
Apela, implora. Conta até três.
 Aos teus pés mais uma vez.
 Torno-me  tua.
Todos os versos roubados,
Todos os beijos trocados,
Numa ´poesia nua.



 Levou-me  a inspiração
O que restou?
Um poeta sem poesia.
Cada verso que chora.
Lágrimas  de quem amou
Machucado coração.
Usa-me e vai embora.



Sinto-me tão  vazia
Enquanto preencho teu ser.
Queria a mais linda canção
Para compô-la para você!



Volto à terra! Nada mudou.
Escrevo. Escrevo. Escrevo.
Com as estrelas que roubei do céu
Para  presentear-te com fervor
Enquanto as mãos passeiam
Numa tela de um computador...



Escrevo. Escrevedor.
Fico a sonhar contigo
Um anjo amigo ou meu feitor?
Que sorrir dos meus rabiscos
Traços de sonhador. Pura teimosia.
Faço a dor virar poesia
Talvez, faço-a sorrir de dor.
Não desisto. Insisto.

  

Escrevo-te  versos de amor.
Beba-os sem pudor.


                                                                                                      E. Amorim

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Literatura de mainha 6 - Afirmação de identidades

 Mais um vídeo para você prestigiar.  Textos básicos; O sapo - Rubem Alves O sapo que não virou príncipe - Elisabeth Amorim