domingo, 1 de março de 2015

Irmã Dulce, uma heroína da fé ( Série Mulher Baiana 3.5)


Seu nome é a sua  história. Muitos desconhecem que também era   “Maria”, aliás trouxe  a marca, marca de uma promessa de Deus.  Pois não quis viver comodamente na casa de seus pais,  escolheu dedicar a vida para ajudar aos pobres e  isso ela fez. Ganhou o título de Ativista Humanitária do Século XX,  viveu 77 anos,   mais de 60 anos foram dedicados para fazer a diferença, apresentar um mundo melhor, mostrar que cada um tem seu lado humano que precisa ser aflorado. E o dela  foi e muito bem trabalhado, por isso que  é o “Anjo Bom da Bahia”.
  Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, baiana da cidade de Salvador ( 1914 -1992) filha de dentista e professor universitário,  classe média,  logo cedo se tocou  com as condições dos pobres e queria fazer algo para ajudá-los.   Aos 13 anos tentou entrar em um  convento em Salvador mas fui recusada, pois achavam que estava muito nova para decidir servir ao Senhor.  Não desistiu  dos seus sonhos, transformou  a casa da  família, no Bairro de Nazaré, num local de aconchego aos necessitados.   Muitos pobres batiam em sua  porta e lá recebiam abrigo, consolo a ponto da portaria  ser identificada  de “ Portaria de São Francisco”.
Bem, com base nos preceitos religiosos católicos, Maria Rita   tornou-se  a Irmã Dulce, aos 19 anos de idade, nome escolhido para homenagear a sua mãe. Isso  após passar uma temporada na “Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição de Mãe de Deus”, dessa vez escolheu  a cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Vale lembrar que como muitas mulheres da época, Maria Rita  formou-se  em professora, 1932.
A  freira não parou mais a sua missão de fé.   Passou  a atuar em nome da Congregação  vinculada,   criando  ou ajudando  criar instituições filantrópicas.  Pois os operários e  filhos precisavam de amparo, sendo o Colégio Santo Antônio uma das  criações mais significativas no que tange o setor educacional e o Hospital Santo Antônio é mais uma  grande obra de Deus.
A trajetória de Irmã Dulce não cabe nas páginas de um livro, imagine  num simples registro como esse. Foram anos dedicando sua vida em prol de outras vidas.  Não foi por acaso que Irmã Dulce é a  “Heroína da Fé Católica”,  a “ Santa dos Pobres”, “ Beata da Bahia” entre outras títulos que enaltecem  a nossa guerreira. No entanto a sua beatificação veio acontecer  realmente  no ano de 2011 que poderá a vir a ser a Primeira Santa Baiana.   A ela é atribuída muitos milagres da cura.
Irmã Dulce  é a  grande mulher baiana.  A ela toda a honra e toda a glória de servir um DEUS  bom, verdadeiro, poderoso. Pois só Ele que deu a força que essa pequenina  gigante  tinha, mesmo com uma saúde fragilizada  para  desempenhar  o seu papel muito bem, para minimizar a miséria, dando uma condição mais digna aos pobres e doentes,  afinal como ela mesma dizia:
                          “ Miséria é falta de amor entre os homens.”
          

                                                                     E. Amorim




                                  8 de Março, Dia Internacional da Mulher... Baiana.

* ANDRÉ MAURÍCIO, Irmã Dulce.

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