Seu nome é a sua história. Muitos desconhecem que também
era “Maria”, aliás trouxe a marca, marca de uma promessa de Deus. Pois não quis viver comodamente na casa de seus
pais, escolheu dedicar a vida para ajudar
aos pobres e isso ela fez. Ganhou o
título de Ativista Humanitária do Século XX, viveu 77 anos, mais de 60 anos foram dedicados para fazer a
diferença, apresentar um mundo melhor, mostrar que cada um tem seu lado humano
que precisa ser aflorado. E o dela foi e
muito bem trabalhado, por isso que é o “Anjo
Bom da Bahia”.
Maria Rita de Sousa
Brito Lopes Pontes, baiana da cidade de Salvador ( 1914 -1992) filha de
dentista e professor universitário, classe média, logo cedo se tocou com as condições dos pobres e queria fazer
algo para ajudá-los. Aos 13 anos tentou
entrar em um convento em Salvador mas
fui recusada, pois achavam que estava muito nova para decidir servir ao Senhor. Não desistiu
dos seus sonhos, transformou a
casa da família, no Bairro de Nazaré,
num local de aconchego aos necessitados.
Muitos pobres batiam em sua porta
e lá recebiam abrigo, consolo a ponto da portaria ser identificada de “ Portaria de São Francisco”.
Bem, com base nos preceitos religiosos católicos, Maria
Rita tornou-se a Irmã Dulce, aos 19 anos de idade, nome escolhido
para homenagear a sua mãe. Isso após
passar uma temporada na “Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada
Conceição de Mãe de Deus”, dessa vez escolheu a cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Vale
lembrar que como muitas mulheres da época, Maria Rita formou-se em professora, 1932.
A freira não parou
mais a sua missão de fé. Passou a atuar em nome da Congregação vinculada,
criando ou ajudando criar instituições filantrópicas. Pois os operários e filhos precisavam de amparo, sendo o Colégio
Santo Antônio uma das criações mais
significativas no que tange o setor educacional e o Hospital Santo Antônio é
mais uma grande obra de Deus.
A trajetória de Irmã Dulce não cabe nas páginas de um livro,
imagine num simples registro como esse.
Foram anos dedicando sua vida em prol de outras vidas. Não foi por acaso que Irmã Dulce é a “Heroína da Fé Católica”, a “ Santa dos Pobres”, “ Beata da Bahia”
entre outras títulos que enaltecem a
nossa guerreira. No entanto a sua beatificação veio acontecer realmente no ano de 2011 que poderá a vir a ser a
Primeira Santa Baiana. A ela é atribuída muitos milagres da cura.
Irmã Dulce é a grande mulher baiana. A ela toda a honra e toda a glória de servir
um DEUS bom, verdadeiro, poderoso. Pois só
Ele que deu a força que essa pequenina
gigante tinha, mesmo com uma
saúde fragilizada para desempenhar o seu papel muito bem, para minimizar a
miséria, dando uma condição mais digna aos pobres e doentes, afinal como ela mesma dizia:
“ Miséria é falta de amor entre
os homens.”
8 de Março, Dia
Internacional da Mulher... Baiana.
* ANDRÉ MAURÍCIO, Irmã Dulce.
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