*
Caro leitor,
Caso esteja acessando esse blog pela primeira vez, encontra-se nesta página o que realmente estamos fazendo. Com a proximidade do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, resolvemos homenagear algumas mulheres baianas( ou representações) que lutam ou lutaram pelos seus projetos e se destacaram pela força, coragem, persistência. São muitas mulheres guerreiras, mas infelizmente não temos tempo para abraçá-las, pois nem só de literatura vive o homem… neste ano de 2015 resolvemos destacar cinco. E Dona Dalva ou Doutora Dalva Damiana de Freitas é uma das homenageadas.
“Dona Dalva” como é conhecida na cidade de Cachoeira, Bahia, Brasil e fora daquele território, nasceu em 27 de setembro de 1927 na cidade de Cachoeira. Filha de uma operária da Fábrica de Charutos Danemman com um sapateiro e guarda de trânsito, foi criada pela avó, lavadeira moradora do local. A sua história já mostra que ela vem de uma família pobre, com isso desde cedo começou a trabalhar também como charuteira da referida fábrica.
Dalva Damiana de Freitas é compositora e cantora, mas foi o seu grande projeto para preservar o samba de roda do Recôncavo que ela ganhou notoriedade. Líder do Samba de Roda Suerdieck atrai turistas de todas as partes do Brasil para conhecer a “Casa do Samba Dona Dalva” , local onde é divulgado a sua história através de vídeos, cordéis e CDs. Dona Dalva vai passando os conhecimentos para filhos, netos, amigos, visitantes assim, o samba de roda não morre. E atualmente, imortalizou através dos abraços recebidos.
Em 2012 a Universidade Federal do Recôncavo Baiano ( UFRB) homenageou essa grande mulher com o título Doutora Honoris Causa. Um reconhecimento pela excelente atuação de Dona Dalva para a cultura do lugar. Vale lembrar que a UNESCO já havia em 2005 se rendido ao projeto de Dalva Damiana, tornando o samba de roda defendido por ela como Patrimônio Cultural da Humanidade, também tombado pelo IPHAN, como Patrimônio Imaterial Nacional. A vida de Dona Dalva poderá ser vista através de documentários que enriquecem o acervo que orgulhosamente parentes e amigos preservam e atrai o turismo para Cachoeira.
Quando a visitamos em caravana com grupo universitário durante o Encontro Baiano de Estudos Culturais ( EBECULT/2012) registramos as precariedades do local onde o samba é ensinando, percebemos a falta de estrutura, chegando a comoção e desabafo da filha de Dona Dalva ao lembrar da luta da mãe para que um espaço físico adequado fosse mantido pelos órgãos públicos. Pois cada vez mais jovens e adolescentes passam pelo “quintal” onde o samba acontece e se encantam com o samba de roda. Esperamos que com os títulos que orgulham a cidade, a situação da ”Casa do Samba Dona Dalva” tenha sido melhorada. Podendo ser conferido através dos registros fotográficos que fizemos na época, devidamente autorizados.
Bem leitor amigo, só queríamos mostrar a força, garra, determinação de uma mulher que não se acomodou, arregaçou as mangas e foi em frente. Talvez com um projeto que poucos acreditaram que daria certo. Ensinar o samba de roda, preservar uma cultura, defender uma causa como essa, torna a Doutora Dalva uma mulher baiana especial. Uma senhora pobre, negra, que não frequentou os bancos de uma universidade mas conseguiu nos ensinar com a sua perseverança que é possível tornar o sonho em realidade.
E não pense que foi fácil ter o reconhecimento de Ongs. Foram vídeos sendo enviados, exibidos. Registros, mobilização de parentes e amigos para que os méritos fossem a ela creditados. Em Dona Dalva, uma mulher com matriz africana, vimos a luta, a determinação e a vitória. Para muitos a realização reside em ter uma carteira cheia de dinheiro e para outras pessoas , como Doutora Dalva o respeito pelo seu trabalho por si só configura numa grande recompensa.
Valeu, Dona Dalva! Mulher baiana que faz a diferença.
Abraços,
* imagens do Espaço Cultural “Casa do Samba de Dona Dalva” em Cachoeira, Bahia. Onde um grupo de pesquisadores da cultura foi recebido por Dona Dalva, sua filha e demais amigos e parentes que ajudam a contar a história do Samba de Roda do Grupo SUERDIECK.
Caro leitor,
Caso esteja acessando esse blog pela primeira vez, encontra-se nesta página o que realmente estamos fazendo. Com a proximidade do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, resolvemos homenagear algumas mulheres baianas( ou representações) que lutam ou lutaram pelos seus projetos e se destacaram pela força, coragem, persistência. São muitas mulheres guerreiras, mas infelizmente não temos tempo para abraçá-las, pois nem só de literatura vive o homem… neste ano de 2015 resolvemos destacar cinco. E Dona Dalva ou Doutora Dalva Damiana de Freitas é uma das homenageadas.
“Dona Dalva” como é conhecida na cidade de Cachoeira, Bahia, Brasil e fora daquele território, nasceu em 27 de setembro de 1927 na cidade de Cachoeira. Filha de uma operária da Fábrica de Charutos Danemman com um sapateiro e guarda de trânsito, foi criada pela avó, lavadeira moradora do local. A sua história já mostra que ela vem de uma família pobre, com isso desde cedo começou a trabalhar também como charuteira da referida fábrica.
Dalva Damiana de Freitas é compositora e cantora, mas foi o seu grande projeto para preservar o samba de roda do Recôncavo que ela ganhou notoriedade. Líder do Samba de Roda Suerdieck atrai turistas de todas as partes do Brasil para conhecer a “Casa do Samba Dona Dalva” , local onde é divulgado a sua história através de vídeos, cordéis e CDs. Dona Dalva vai passando os conhecimentos para filhos, netos, amigos, visitantes assim, o samba de roda não morre. E atualmente, imortalizou através dos abraços recebidos.
Em 2012 a Universidade Federal do Recôncavo Baiano ( UFRB) homenageou essa grande mulher com o título Doutora Honoris Causa. Um reconhecimento pela excelente atuação de Dona Dalva para a cultura do lugar. Vale lembrar que a UNESCO já havia em 2005 se rendido ao projeto de Dalva Damiana, tornando o samba de roda defendido por ela como Patrimônio Cultural da Humanidade, também tombado pelo IPHAN, como Patrimônio Imaterial Nacional. A vida de Dona Dalva poderá ser vista através de documentários que enriquecem o acervo que orgulhosamente parentes e amigos preservam e atrai o turismo para Cachoeira.
Quando a visitamos em caravana com grupo universitário durante o Encontro Baiano de Estudos Culturais ( EBECULT/2012) registramos as precariedades do local onde o samba é ensinando, percebemos a falta de estrutura, chegando a comoção e desabafo da filha de Dona Dalva ao lembrar da luta da mãe para que um espaço físico adequado fosse mantido pelos órgãos públicos. Pois cada vez mais jovens e adolescentes passam pelo “quintal” onde o samba acontece e se encantam com o samba de roda. Esperamos que com os títulos que orgulham a cidade, a situação da ”Casa do Samba Dona Dalva” tenha sido melhorada. Podendo ser conferido através dos registros fotográficos que fizemos na época, devidamente autorizados.
Bem leitor amigo, só queríamos mostrar a força, garra, determinação de uma mulher que não se acomodou, arregaçou as mangas e foi em frente. Talvez com um projeto que poucos acreditaram que daria certo. Ensinar o samba de roda, preservar uma cultura, defender uma causa como essa, torna a Doutora Dalva uma mulher baiana especial. Uma senhora pobre, negra, que não frequentou os bancos de uma universidade mas conseguiu nos ensinar com a sua perseverança que é possível tornar o sonho em realidade.
E não pense que foi fácil ter o reconhecimento de Ongs. Foram vídeos sendo enviados, exibidos. Registros, mobilização de parentes e amigos para que os méritos fossem a ela creditados. Em Dona Dalva, uma mulher com matriz africana, vimos a luta, a determinação e a vitória. Para muitos a realização reside em ter uma carteira cheia de dinheiro e para outras pessoas , como Doutora Dalva o respeito pelo seu trabalho por si só configura numa grande recompensa.
Valeu, Dona Dalva! Mulher baiana que faz a diferença.
Abraços,
* imagens do Espaço Cultural “Casa do Samba de Dona Dalva” em Cachoeira, Bahia. Onde um grupo de pesquisadores da cultura foi recebido por Dona Dalva, sua filha e demais amigos e parentes que ajudam a contar a história do Samba de Roda do Grupo SUERDIECK.
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