sábado, 28 de março de 2015

Pé de Vento ( infantil)


 *

 Seu nome é Herik,  10 anos de idade, mas todos da redondeza o conheciam como “ Pé de Vento”.  Vivia correndo para cima e para baixo.  Era o tradicional moleque de recado, era precisar do Herik que “ Pé de Vento” entrava em ação. Das suas carreiras originou esse apelido. Se alguém queria agradar o outro com um presentinho, bilhete, cartinhas de amor, recado... Recorria ao Pé de Vento:
          - Pé de Vento leve esse envelope para Julys, é segredo!
           E em poucos minutos Pé de Vento já retornava com a resposta da garota. E  com esse ofício e agilidade  ninguém mais sabia  outro nome.    Pé de Vento não perdia tempo, nem desviava da função. Segredo ele não revelava nem sobre  tortura. Às vezes sempre aparecia um colega  tentando descobrir algum segredo das encomendas que Pé de Vento levava. Dando uma de desentendido o garoto não dava ouvido e uma das respostas  era:
     _ Ué, você gostaria que eu falasse sobre aquela que você mandou ...
     _ Ei, isso é para ser esquecido!
     _ Por isso que eu não sei falar sobre o me mandam esquecer!
           Pé de Vento era um garoto das margens, mas descobriu que a pobreza não deveria ser confundida com falta de ética.  E com essa atitude, apesar de contrariar alguns fregueses  ávidos pela vida alheia , agradou a maioria, pois no mundo há  muitas pessoas como Pé de Vento.
                                    E. Amorim/2013
 


*IVAN CRUZ,  Perna de pau e pé de lata. ( disponível na web)

quinta-feira, 26 de março de 2015

A Fé (mensagem)




Você já imaginou como a fé consegue mover uma montanha? Confesso que  tinha minhas dúvidas  e ficava nessa de “como pode aquela montanha se mover?” Difícil, não? Para Deus  não há nada difícil, um toque, uma vontade, um desejo, um querer faz o  milagre surgir em sua frente. É a sua fé que lhe move,  impulsiona a seguir adiante e agigantar-se diante das montanhas.

 Eu acredito que há pessoas que são enviadas por Deus para fazer o bem. Da mesma forma que há outras que se deixam ser usadas pelas forças malignas.  É a fé de cada um que irá fazer trilhar por caminhos diversos, de belas paisagens onde as flores nos esperam,  do lado oposto só os espinhos...

 Se começarmos  lendo Matheus (8 -9) passamos a conhecer como a fé opera na vida de cada um. Seja através do paralítico, pessoas endemoniadas,  cegos, mulher doente, leproso, mudo, crianças doentes... Muitos incrédulos dizem, mas quem garante que esses milagres aconteceram?

Deus é a garantia da resolução dos  nossos problemas! A Semana da  Paixão de Cristo se aproxima, com ela a Páscoa.  Deus usa pessoas para fazer com que a sua “montanha” se mova, desapareça, diminua... E quando a “montanha” que estava obstruindo o seu caminho deixar de existir tenha a certeza do toque divino.

 Um paralítico de nascença começar  a andar é  porque nunca deixou paralisar sua fé. Da mesma forma os cegos que passaram a enxergar, um mudo utilizando-se da fala, um leproso curado, uma mulher que teve tanta fé que para ela bastaria tocar no manto de Cristo para que a sua hemorragia que durava 12 anos fosse curada.  É essa fé que remove montanha!  A montanha para uns é a lepra, para outros a montanha é hemorragia, ainda outros é  a falta de visão. Muitos veem  um cisco no olho dos outros , mas não notam a trave no próprio olho,  diz a Bíblia.

Quantos de nós que não visualizamos nenhuma “montanha” no caminho já transformamos  um copo d’água numa tempestade?  A fé cura. A fé salva. A fé transforma. E  muitos de nós precisamos renovar a nossa fé.  Precisamos de uma Páscoa em nossa vida. Uma passagem  para ressuscitarmos   os sonhos, as esperanças,  a vontade de sermos melhores a cada dia. Não esperar o melhor nos outros. Precisamos da cura da alma. Precisamos  da cura da nossa visão. Como somos egoístas! Não compartilhamos um projeto bom, mas curtimos tantas bobagens.

Lembro-me de uma situação de  angústia por questões financeiras versus saúde  familiar, nisso resultaram em   gastos excessivos por conta das constantes viagens para a capital, medicação e vice-versa.  Uma noite estava olhando para a televisão, orava apreensiva.  E naquele momento pensei se um anjo batesse em minha porta como seria bem-vindo, como precisava de um conforto. E em poucos instantes, ouvi a buzina de um carro e desce  uma pessoa  a procura de dez livros literários, pois precisava fazer um sorteio.  Após a saída, eu olhava para cento e oitenta reais pagos  como se fossem “cento e oitenta mil.  Senti-me tão rica das Graças de Deus naquele momento, pois tinha alcançado a minha bênção.  Tive a certeza de  um Deus Supremo  no comando. E ele usa as pessoas para  moverem a “sua montanha”.  Para alguns  aquela quantia era irrisória, mas para mim, valeu como se  ganhasse um  valioso tesouro. Não é o valor das cédulas, mas o do gesto, esse valeu ouro. As cédulas correspondiam o quê? As duas passagens  para Salvador e gesto de carinho  não tem comparação. Gentileza é gentileza, não tem preço.

Acho que ninguém entenderia a minha reação naquele momento, ao  abraçá-la tão forte, disfarçando as lágrimas que nem ela esperava aquela atitude.  Talvez, ela nunca saberá que aquele abraço foi para o anjo que estava ali se fazendo representado. E com o recado, ” confie eu Deus!”  Não  acredito que o nobre leitor irá também entender, principalmente meus seguidores norte-americanos  com o dólar nas alturas.   Mas alguma coisa mudou em mim.  Tornei-me mais grata e  com mais fé. E de coração, agradeço a todos que fazem parte da minha historia. Amigos secretos, invisíveis, mas fiéis.


Que a Paixão de Cristo seja para nós um momento de comunhão espiritual.  Possamos aprender que a morte de Jesus Cristo não foi em vão.  E  na cruz deixaremos os  problemas, afinal, a PÁSCOA  está chegando,  e meu, o seu, o nosso sonho é bem maior.  E pelo tamanho da  fé,  talvez  não ficará nenhuma montanha em nosso caminho.

                                           

                                          Tenha fé!
                                                         E. Amorim








quinta-feira, 19 de março de 2015

A pintura de Mona Lisa (conto)

 

Onde morava  Mona Lisa? Qual a relação dela com Leonardo?  Todos  apreciadores de uma boa arte diziam que ela tinha um grande segredo. Quer saber qual? Como  o Louvre  fica em Paris, que tal a nossa musa vir para a Bahia? Três dias foram suficientes para mexer com a imaginação do garoto Pedro,  um vendedor de  doces nos sinais,  mas  com uma criatividade além da idade.  Acreditava ser  capaz de  desvendar   mistério em torno da mulher da pintura.
Pedrinho ouviu dizer que Mona Lisa escondia um segredo. Quando surgiu aquela  excursão ao museu anfitrião,  prometeu a si mesmo que não arredaria o pé de perto da famosa  obra de arte  enquanto  não descobrisse o que estava atrás daquele sorriso.
E isso foi feito. Pedrinho, 14 anos, negro, participava da excursão com um grupo de 15 estudantes selecionados para conhecerem  a principal obra de Leonardo da Vinci que estava na Bahia. Com o bloquinho nas mãos, câmera na outra, chegara a sua vez. Ele achava que iria descobrir algo bem importante e  revelaria para o mundo.
 Enquanto os colegas  percorriam o museu, apreciando a arte baiana,  ele  preferiu ficar no seu posto de observação, sem piscar para não perder nenhum detalhe. Será que era  um autorretrato do italiano Leonardo? Uma camponesa? Esposa de... de Francesco? Fruto da fantasia do artista? Será? Será?
Perdido nos pensamentos  e nas interrogações  Pedro  se  aproxima do grande quadro e  invade o espaço de isolamento. E passa a tocá-lo sem que os seguranças percebessem, sonhando com a descoberta...  Sua mão percorre toda a extensão, de repente  percebe algo diferente, mais elevado... Com os olhos arregalados, Pedrinho quase morre de susto:

_ Não pegue em Leonardo da Vinci!
   Olha para o guarda nervoso e   para Mona Lisa...  percebe que ambos estavam furiosos  com invasão de privacidade.  Pedrinho  retira a mão rápido  como se tivesse a queimado  e  pisca várias  vezes sem acreditar no que via...  volta a olhar para a obra de arte.
 E recebe o sorriso  enigmático da Mona Lisa.

                                                 Elisabeth Amorim



 imagens: 1: André B Dois, retrato e caricatura
                 2:  Gifs de Monalisa (oficina de gifs  - blog)

                                             Imagens apenas ilustrativas



sábado, 14 de março de 2015

R E P U L S A (conto)

*

Sr. Boavida morava numa mansão cercada de objetos luxuosos.  Tinha tudo para ser feliz. Esposa, filhos, amigos, dinheiro, prestígio social. Mas não satisfeito,  desenvolve um comportamento sórdido com o público infantil. 
Quando ninguém o observava  ele carregava crianças pobres para o sótão para distribuir doces. Lá o  Boavida  usa outra máscara e vai brincar de esconde-esconde  com as crianças para durante a caçada  do "pega-pega" empurrá-las  num  poço sem fundo... Ninguém desconfiava e Sr. Boavida permanecia ileso.
Até que uma criança saiu do poço correndo para salvar a sua boneca que  também sentiu repulsa  daquelas mãos tocando sua dona...
Enquanto a boa vida daquele senhor acabava muitos pesadelos infantis começaram.
                                          
                                       E. Amorim/ 2014

*imagem da web. (apenas ilustrativa)

                          Primeira publicação no "toque poético"
     https://toquepoetico.wordpress.com/2014/08/27/repulsa-conto/ 

quarta-feira, 11 de março de 2015

Amantes imperfeitos ( conto)




Bastara  uma troca de olhar  para as mais estranhas mensagens fossem captadas. Nos olhos de cada um, as interrogações, os medos e as ansiedades. Tentavam bloquear os pensamentos, mas sabiam que um passava a conhecer a memória do outro. E cada qual tinha que desviar as vistas para que os  segredos não  fossem ali escancarados.

Mesmo no salão, passam a se evitar. Até que ele, um homem rico, 65 anos, a procura como se tivesse com raiva e  foi direto ao ponto:

_Por que você estava  lendo os meus pensamentos?   Quem é você? 

A mulher sorriu.  Fingiu que não sabia do que aquele homem estava falando. Mesmo porque  estava saindo de um relacionamento conturbado, não queria outro por tão cedo.  No primeiro olhar, sabia que estava  caindo em mais uma armadilha do destino. E responde:

_Eu?! Você deve estar me confundindo com alguém... Como posso ler seus pensamentos? É possível alguém ler os pensamentos do outro?! Não sabia... Deve ser algo chato, não?

A fala dela causou  uma gargalhada naquele senhor. O problema que ele era considerado um homem mal humorado, arrogante e aquele sorriso franco,  atraiu as atenções não para ele, mas para a pessoa que provocou aquele milagre. A mulher, elegantemente vestida, 35  anos, logo fica vermelha, não gostava de chamar a atenção,  pede licença, pois sabia onde terminaria aquela conversa, apreensiva foge para o outro lado do salão.

 De lá percebe que o maldito  descobriu o mesmo que ela. Ele também sabia onde aquela conversa iria parar. E o sorriso dele era contagiante, como se tivesse certeza da vitória.

Na cama  de um motel de luxo os dois tentam se descobrir  sem precisar de palavras. Amantes imperfeitos. Pois viviam  tentando  bloquear os pensamentos para evitar a invasão de privacidade. Nenhum  queria  envolvimento sério, cada qual com seus problemas.  Ela  despe-se de algumas  máscaras, fala  um pouco da sua vida  desequilibrada financeiramente...  Ele ao  conhecê-la  ao original, assombra-se pensando  tratar-se  de mais uma golpista.  Não relaxa! Reprime o prazer. Tenta manter uma distância, afastando-a de sua vida, como estratégia decide trazer o passado para a cama.

 Depois de falar por quase meia hora, exaltando as características da sua ex, naquele momento tão  única e presente,   inesperadamente,  a possui como um náufrago... mesmo com a mente fervilhando de quanto aquela noite pesaria em seu bolso.

_ Sua bruxinha! Quanto você vai me arrancar?!

_ Ué, perdeu a capacidade de ler a mente?!

Sorrindo, voltam a se procurar de forma bem suave. Como se tivessem a necessidade de gravar aquele momento em suas memórias...

Sem palavras nem  promessas  ela sai  da sua vida da mesma forma que entrou, para surpresa dele que esperava um preço.  Como a conta nunca chegou... Cinco anos depois...  _Por favor, me procure, gostaria de ser seu amigo nas redes sociais!

Ela sorriu diante daquele pedido.  Ele perdera o poder de ler mentes, pois se ainda o tivesse, saberia que um amante imperfeito nunca será um bom amigo.
    
                                               Elisabeth  Amorim/ 2014

imagem da web.


terça-feira, 10 de março de 2015

A Galinha de Salto Alto ( fábula)

*

Desfrutando à sombra da mangueira estão Mimoso e Mimosa, um casal do barulho.  Gatos que  adoravam  tirar as telhas do lugar e atrapalhar o sono dos patrões. Só que naquela hora, após o almoço, os gatinhos  dormiam tranquilamente na rede.

De repente surge no terreiro uma galinha diferente. Ela não pertencia aquele lugar, era pedrês e usava uma espécie de argola nas canelas secas. Vista à distância dava a aparência de que a galinha usava  uma bota cano longo, causando uma deselegância  no andar.
De imediato, Mimosa acorda  e passa a olhar a galinha:
_Essa  galinha não é daqui. O que será que ela quer em nossa casa? Uma galinha de salto alto... Que esnobe!
Mimosa pensou  em acordar Mimoso, mas achou melhor esperar para não  cometer injustiça.
A galinha pedrês olhava de um lado  para outro, como não percebeu a presença de ninguém,  pegou a comida das outras galinhas.  Deu uma ciscada, a espécie de salto saiu e ela ia enchendo com grãos de milho.  Fez o mesmo processo com o outro salto. Depois  coloca-o no lugar saiu como se nada tivesse feito.
Mimosa  imaginou que  havia muitos pintinhos famintos à espera daqueles alimentos roubados. Com pena deixou mais milho no caminho para ajudar a Galinha de Salto Alto, apelido que Mimosa colocou, caso ela voltasse no dia seguinte.  Só que ela não imaginou que a Galinha de Salto Alto não demorou muito para retornar. Dessa vez com um saquinho que trazia no bico.
Novamente faz o mesmo itinerário, enchendo-o de alimento e desaparece. Mimoso acordou indignado mas ao ouvir a possibilidade de  pintinhos  morrendo... foi solidário com a ação da Galinha de Salto Alto, fingindo-se de morto.
No entanto os dois gatos resolveram seguir a Galinha de Salto para ver quantos filhotes ela tinha. Os alimentos das outras galinhas já estavam faltando com as idas e vindas da Galinha de Salto Alto.
E para surpresa dos gatos, a galinha jogava os alimentos no rio, poluindo-o.
Isso incentivada pelo seu irmão Galo Esquilo que  deu uns dois pulinhos de cerca ,  mas as galinhas  não deram atenção ao nobre visitante,  o Galo do Terreiro  botou para correr. E como vingança a mana pedrês roubava a comida para jogar fora. Quem sabe assim que  faltar alimento, as galinhas de lá pedirão ajuda ao Galo Esquilo que pertencia ao galinheiro vizinho...
Mimoso e Mimosa ficaram furiosos com a atitude feia  de Galinha de Salto Alto. Ela não precisava do alimento, mas carregava para destruí-lo e prejudicar outros.   Mimoso disse que iria dar uma lição no Galo Esquilo,  enquanto  Mimosa ficaria responsável para colocá-la para fora.
E isso foi feito.
Quando Galinha de Salto Alto voltou, Mimosa fingia dormir. Deixou  ela encher os saltos e Zap! Deu uma carreira na danada que desesperada a galinha não só perdeu o salto, mas muitas  penas  no caminho durante a  fuga. 

Moral: Quem pratica o mal sofre  penas.

                                             Elisabeth Amorim/2015




 * imagem da web.

domingo, 8 de março de 2015

Lucilene, a mulher (quase) invisível ( homenagem)

 
Era uma vez uma mulher  (quase) invisível, mas tinha um  sorriso tão lindo que a denunciou.  Ela nasceu em Iaçu,  interior da Bahia,   tem 28 anos.  Aos  6 anos de idade foi morar em São Paulo, lá  educada e pensava em construir uma vida melhor, só retornando para sua cidade natal  aos 24 anos em busca de emprego, pois na cidade grande as coisas não são tão fáceis quanto imaginam.
Lucilene Silva de Almeida fez o curso completo de informática, concluiu o  Ensino Médio,  é casada e  tem uma filha  de 6 anos de idade.  Ela trabalha de domingo  a domingo,  varrendo aqui e acolá.  Mãos calejadas de  empurrar  um carrinho de mão,  Lucilene segue a sua árdua jornada  com um sorriso nos lábios.
Lucilene é  uma mulher que pode ser a representação de muitas de nós … Donas de casa,  estudantes,  esposas, mães,  trabalhadoras,  filhas… no entanto  ela passa despercebida  nos lugares percorridos por conta da profissão que ela desenvolve.  Envergonhados,  constrangidos,  incomodados muitos não enxergam a pessoa mas a profissão. Esquecem que atrás daquele uniforme há uma mulher que sente, chora, ama e sonha.
Aquela   jovem senhora  com o seu macacão verde, sobe e desce  toda a área do jardim,  colhe folhas secas do chão,   colocando-as  num enorme saco preto.  Até que um dia  a rotina de Lucilene é quebrada.  Durante a minha caminhada aproximei  da jovem e  falei do  desejo de  entrevistá-la e  se autorizasse  poderia ser fotografada  (de costas se preferisse) porque tinha intenção de divulgar  o fruto da entrevista…  E para  o Dia Internacional da Mulher  ela fora a escolhida…
Com um sorriso  Lucilene conta a sua história.  O  sonho de crescer,  ter uma vida melhor e proporcionar um conforto para  família.    Por que uma jovem com  o 2º. Grau completo  estaria naquela profissão?   A jovem sem titubear  responde lindamente:
“_  Sinto orgulho da minha profissão pois é um trabalho honesto. Estou aqui por falta de oportunidade, mas pretendo fazer faculdade.   Vergonha  eu sentiria se  estivesse numa esquina vendendo drogas e ainda envergonhando os pais.”
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Acertei na minha escolha, não sei como,  mas sabia que receberia aquela resposta. Só quem trabalha em paz  a tem.   Não poderia encontrar alguém melhor que Lucilene para representar as mulheres  da minha cidade no dia 08 de Março.  Uma mulher honesta, trabalhadora, humilde, simpática,  sonhadora, educada … Uma mulher mãe, uma mulher esposa, uma mulher que sorri apesar das dificuldades enfrentadas.
Uma  mulher   que  você  geralmente não  a  percebe no seu caminho, mas ela se faz presente em sua vida, pois todas as  sujeiras que indevidamente jogam fora da lixeira, Lucilene  é uma  das  garis que trabalha diariamente para limpar as ruas que  sujamos.E que Deus abençoe a todas as mulheres que conservam  os sonhos e o sorriso.

                                      Elisabeth Amorim 
 
 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
 
 
Imagens (autorizadas) da  homenageada.

Ps: Quer saber a opinião de leitores/ escritores do Recanto das Letras sobre esse texto?  Acesse:
 
http://www.recantodasletras.com.br/homenagens/5159735 
 
 


sábado, 7 de março de 2015

Menina-mulher

*

A boneca  foi substituída  pelo sutiã
Não tem mais casinhas para montar
Há no olhar uma aflição
Uma menina- mulher inquieta
O corpo vive a chamar.

E a menina-mulher obedece
As batidas aceleradas do coração
Desfaz das brincadeiras infantis
Troca o amigo pelo namoradinho...
Entre  a dúvida  que assola
Despedaça sua emoção.


Quer um beijo? Um abraço?
Uma menina-mulher que aflora.
A mulher  decidida aparece
E expulsa para sempre a menina.
E a fantasia vai embora.

                    
                   E. Amorim


     8 de Março, Dia Internacional da Mulher.

*imagem do google. (The Demure)

Mulher Superação ( soneto)


Nas lutas diárias
Lavo,  passo, cozinho
Sou a rainha do lar.


 Mulher Superação
Dona de uma dupla jornada
Onde guardo a minha indecisão?


Não vacilo em nenhum momento
Defendo com garras os meus ideais
Mesmo  ouvindo  “não”
 Meus sonhos não ficam  para trás.


Trabalho como um gigante
Durante o dia sou  meio anjo querubim
À  noite... meio  loba arfante
Com  pele impregnada de jasmim.



E. Amorim/2015


8 de Março, Dia Internacional da Mulher




imagem do google, telas pintadas a mão - sem título. 


Literatura de mainha 6 - Afirmação de identidades

 Mais um vídeo para você prestigiar.  Textos básicos; O sapo - Rubem Alves O sapo que não virou príncipe - Elisabeth Amorim