Às vezes achamos que a quantidade é
que faz a diferença, seja nas curtidas nas redes sociais, nos comentários, nas relações de
amizades, no final do dia o resultado da
somatória para muitos faz a diferença. Fizemos isso, aquilo, corremos para lá e para cá, lemos, ensinamos,
aprendemos como se tivesse uma sequência lógica as ações. De repente, as ordens
mudam, aprendemos sem ler nada escrito,
apenas nas entrelinhas, no olhar, no toque, porque para nós o importante não é
a soma de um mais um, porém, muitas coisas não se explicam, nem precisa da
operação somatória, basta um.
Basta uma pessoa começar a fazer a
diferença que todo o seu entorno vai sendo modificado lentamente. Inicialmente,
esse um poderá não ser entendido, poderá ser discriminando, mas com o tempo
esse um se firma e afirma no seu local de atuação. E muitos outros também se levantam para o bem comum.
Não precisamos de vários heróis,
basta um. Cristo foi e continua sendo o grande herói da humanidade pela sua história de luta e coragem. Defender uma
ideia para o bem da humanidade não é
nada fácil, nem todos pensam nos outros e quem pensa, poderá ser punido. Jesus Cristo não deixou nada escrito, não
teve facebook com milhares de curtidas, nem blogs, não precisou somar os
amigos, pois para ser amigo de Cristo teria de “negar a si mesmo e segui-lo”. Será que o mundo
de hoje pessoas estão dispostas a tal sacrifício? O nome dele é constantemente
lembrado em diferentes situações, mas seus atos são copiados? Basta um ato de
amor para que a mudança ocorra.
Basta um, sabia? Um político honesto
para corrigir esse país. Um país melhor para que possamos viver em paz, sem o
bicho do desemprego rondando algumas portas, com uma assistência médica
equilibrada. Basta um equilíbrio nessa balança tão injusta com os pesos desiguais, onde negros, pobres, mulheres,
nordestinos, índios, gays são violentados constantemente. “Sou mulher, quero
respeito!” isso só não basta, porque querer é diferente de ter. Ter nesse país
não é conjugado no presente do indicativo, porque eu e tu nem sempre temos... Nós nem sempre temos o respeito que queremos.
Basta um se levantar para a fila
inteira acompanhá-lo para começar vaiar ou aplaudir. Basta um para abraçar ou
repelir. Basta um para fazer a diferença, e a vida segue o seu curso. Não
espere que o número um seja seu vizinho, amigo ou seu pai. Faça você mesmo a sua parte, seja o primeiro a
protestar, gritar, criticar, elogiar, vaiar, aplaudir, repudiar, transformar
... a vida é sua, se você não fizer nada para deixá-la mais produtiva as horas
passarão do mesmo jeito. Mas quando você faz algo importante, a sua existência
é mais significativa para alguém e para si mesmo. Eu? Presente!
Elisabeth Amorim
*escritora E. Amorim em Brasília, 2017.
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