segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Que escola você ajuda construir? (mensagem)


Quantos querem uma escola ideal?
E quantos  se perdem na escola real?
Não adianta projetar no outro o que você gostaria que “ele/ ela” fizesse para melhorar a escola que você ajuda a construir. Você de forma negativa ou positiva ajuda na construção da sua escola.  Então não espere que o outro faça a sua parte, sabe por quê?
Haverá frustrações.  O outro irá falhar, a idealização é sua, não dele(a). Os objetivos são diferentes, assim as estratégias de realizações também.
O sonho é teu, amigo.  Pegue-o com carinho, preserve-o,  mantendo vivo,
E arregace as mangas para torná-lo possível. Saia do mundo da fantasia, o momento é agora! O dia é hoje! A bola é sua!
O primeiro, segundo e terceiro passos deverão  partir de você.
Durante a sua caminhada lenta ou apressada, não se preocupe,
Sempre você encontrará pessoas parceiras, outras vão além...
Oferecem a mão ou o ombro para quando os projetos não saírem exatamente como planejou.  Ainda há os que  ficam  no caminho,  como obstáculos dispostos a te fazer parar.  Dê meia volta, busque novos caminhos ou seja  tão duro quanto eles e siga em frente, mesmo tropeçando adiante.  Educação de qualidade exige de cada um a força e a determinação  necessárias  para prosseguir.
Esses tropeços fazem parte da trajetória educacional.  Caímos, levantamos, corremos e às vezes, apenas sentamos à beira do caminho, descanso é necessário para repor as energias e retornar o trajeto. A caminhada não é fácil, quem disse que ensinar é fácil aprendeu muito pouco sobre  educação.
Não tente passar a bola para outro, você é o dono da bola!
E o campo é justamente a sua sala de aula. Lá você encontrará jogadores prontinhos para participarem  do jogo e outros “pernas-de-pau”...  você olha desconfiado na  primeira partida e diz:
- Quem escalou essa criatura para o meu time?  Não sabe nada... Esse vai perder !
Que sentença!  Esquece que o “perna-de-pau”  perdendo, o time  também perde junto. Jogo tem que haver diálogo, cumplicidade, interação. ..
Ah, lá  no campo,  à medida que você está avaliando seus jogadores  você é também avaliado.
E você já parou para refletir sobre quais os critérios que eles usam para julgar a sua competência? Será que o seu diploma terá um peso maior? Será que não tem um  no banco de reserva mais habilidoso que você  te observando e dizendo intimamente:
- De onde saiu essa peça de museu? Esse técnico é enrolão,  não percebeu que o jogo mudou de regras...
É... a bola pode ser sua, mas ela bate na trave e volta. Geralmente, pegando o técnico, o juiz, o massagista  de surpresa.
Quando começamos de fato a refletir sobre as pedagogias lidas,  percebemos  que sem autonomia não há esperança.  E sem a concretização  libertária ficaremos  presos  nas garras da educação bancária. Copiando e esquecendo,  para mais tarde voltarmos as novas cópias.
A escola que ajudo a construir precisa ter a minha cara. Não a caricatura, com todo respeito aos artistas, a caricatura tem como marca a deformação do outro ou de si mesmo, geralmente para despertar o riso.  A escola poderá ser o local do riso,  jamais o objeto do riso, do escárnio. Quero  a cara da determinação, da ousadia, da inovação, da pesquisa, da transformação, da coerência e da fortaleza.
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Construção forte
A escola que ajudo a construir  deixo gravado o meu nome nas  ações desenvolvidas para torná-la melhor, sem nenhuma falácia nem demagogia. Como dona da bola,  quando entro em campo não é para ganhar, mas para  ensinar as regras do jogo, antes de cobrá-las. Vitória é consequência.  Passo valores, como respeito  ao adversário, determinação e persistência  para conquista de dias melhores e muita leitura. E permito que cada um descubra ou crie novas regras e  tente doar o seu melhor, porque eu também tento doar o meu melhor.  Às vezes consigo,  outras vezes as tentativas são frustradas,  as dores e as delícias fazem parte da educação, mas não abro mão da solidez e coerência em tudo que faço. Já perdi  o jogo várias vezes, sem jamais perder o respeito dos jogadores do meu time, isso é algo consolidado.
Porque uma construção sem uma  base sólida, todo vento contrário coloca em risco  o que se construiu.  Como aquelas casinhas dos Três porquinhos construídas  às pressas não resistiram um sopro  mais forte e foram ao chão, exceto a que tinha base firme.
É isso, a escola que ajudo construir precisa ter essa base firme. E tenho certeza absoluta de  que a sua ajuda é fundamental  para sustentação de cada pilar. Não adianta reconstruir castelos na areia, a ventania e  a força das ondas não escolhem a quem atingir. Seus castelos devem ser construídos na rocha, com segurança.   Igualzinho  a educação, se você cair, desanimar e  desistir do jogo,  o seu time  lhe acompanhará derrotado, cabisbaixo e ressentido. E  colocar a responsabilidade no outro, é mais fácil, não?  Educação não há espaço para lamentações, todo  murmurador nada constrói. Perdeu? Não passe  a bola adiante,  comece  hoje mesmo um novo jogo, estude as novas regras.  O campo é todo seu, entre para tentar ganhar ou vá para o banco criticar o time vencedor. Para construção de uma educação de qualidade todos ajudam, sabia? A ação de cada um é questão de escolha.

E. Amorim

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