domingo, 22 de maio de 2016

Vasos moldados ( mensagem educação)


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O trabalho do oleiro é realmente fascinante, apropria de um barro qualquer, vai modelando, criando formas e transformando a matéria morta em algo vivo, útil e bonito. Com paciência, determinação e muita força de vontade o oleiro atinge o seu objetivo criando  vasos exatamente como ele imaginou.
É um processo de persistência. Quantas vezes o barro parece não atender as expectativas depositadas e o vaso em construção se rompe antes de ganhar a forma ideal?  E novamente, o trabalho se reinicia e novas esperanças são depositadas naquele barro...
Uso o oleiro para fazer analogia com a sala de aula. Quantos estudantes não conseguem atender as expectativas de escola, professores, colegas, pais? E quais desses seguimentos agem como o oleiro?  Muitas vezes os estudantes são entregues a própria sorte, sem nenhum investimento naquela “massa bruta” que não  entrou num molde para atender algumas convenções. E o resultado fatal  é a reprovação.
Indo além, o que somos senão um monte de vasos imperfeitos? Temos as nossas rachaduras, sim. E nem por isso fomos reprovados como pai, mãe, irmão, irmã, professor, professora, advogado, advogada, médico, médica, sobrinho, sobrinha, amigo, amiga, primo, prima, tio, tia enfim...seja no ambiente familiar ou no campo profissional, se olharmos ao  espelho perceberemos as nossas falhas. E o que fazemos? Cobramos dos outros a perfeição.

É bíblica a mensagem para não apontar o cisco do olho do irmão quando se tem uma trave no próprio olho. Enxergamos os mínimos defeitos nos outros porque achamos que somos vasos perfeitos, no entanto, no dia em que nos encherem de água, perceberão as nossas fissuras.
Se o  oleiro não desistiu de criar vasos perfeitos, por que desistiremos? Primeiro investimento é pessoal.

                      E. Amorim

* imagem livre da web 

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