segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Sonhos regados ( mensagem)


Amigos leitores,

Cada um de vocês alimentam sonhos, não é verdade?  O alimento do sonho precisa ser saudável porque os sonhos são como o nosso corpo, não é qualquer coisa que satisfaz, não é qualquer alimento que deve ser ingerido, nem  qualquer roupa que fica bem. É necessário fazer a seleção e priorizar alimentos saudáveis, roupas adequadas conforme a temperatura. Sem essa adequação corremos o risco de irmos à praia com blazer austero e para um velório usando roupa de praia. Temos algumas convenções sociais.
São convenções? Sim.  Os sonhos que alimentamos também passam pelas nossas conveniências. Ou não? Será que sonhamos ganhar na mega sena da virada sem jogar? Será que sonhamos que o “Papai Noel” nos descubra em nossos esconderijos? Será que esperamos vencer obstáculos sem tentar ultrapassá-los, desistindo no meio do caminho?  Os nossos sonhos precisam ser regados. E somos nós os jardineiros dos sonhos, quer vencer na vida? Não espere que a vitória chegue até você batendo à sua porta...Levante-se para recebê-la! Lute para conquistá-la! Estude! Persista! Virão quedas, ficar ou não no caminho dependerá exclusivamente de você. 
O seu sonho deverá ser regado por você. O seu sonho é seu! Você deve alimentá-lo adequadamente todos os dias.  Alimentar  o sonho é fazer com que ele não se perca no caminho. É criar metas, estratégias, e não esquecer de cercá-lo para que ele não seja invadido, roubado e esquartejado. Há ladrões de sonhos da mesma forma que há multiplicadores.  Os ladrões ficam à espreita, na primeira oportunidade eles invadem o seu espaço e roubam os seus sonhos, diminuindo-os, ridicularizando-os. Fazendo com que você se sinta tão pequena quanto a atitude desses ladrões.
Por outro lado, há pessoas que abraçam os sonhos alheios.  Pessoas que se comportam como anjos, estendem a mão, e fazem  daquele “sonhozito” um   sonho gigante.  E o seu sonho ganha outras mentes, outros braços para em conjunto ser realizado.
Deixem pensar que tu és louco(a), deixem pensar que o teu sonho é sem futuro, deixem pensar que tu não irás conseguir vencer. É bom, sabia? Pois quem pensa assim em relação ao seu sonho nada fará para te ajudar e ainda poderá colocar mais obstáculos em teu caminho.  Em silêncio alimente os seus sonhos.  Não precisa gritar para o mundo os teus desejos profundos, fale com Ele. Ele é quem te guardará a tua entrada e a tua saída. Ele velará contigo  os teus sonhos e Ele é capaz de realizá-los.   Esse  “Ele” é DEUS!  Divida-os com Ele e conforme a vontade dEle as sementes plantadas ontem, amanhã lindas flores nascerão.


                                                                                     E. Amorim

sábado, 28 de novembro de 2015

Pássaros Magoados ( poesia)


Somos pássaros feridos,
Magoados,
Órfãos de pai e mãe
De uma  floresta sem árvores,
De jardim sem flores,
De um mundo cão.
Onde quem mais tem
Não paga conta
Quem mais tem
Sonega impostos
Quem mais tem
Não divide o lucro com ninguém.


Somos pássaros magoados
Feridos pela flecha da corrupção.
Nesta mata das queimadas
Falta solidariedade,
Amor  e união
Onde  quem mais tem
Não ajuda os pequeninos pássaros
Quem mais tem...
Quem mais tem...
Quem mais tem...
Sem nenhum pudor
Retira da boca o nosso pão.


                                                                       E. Amorim

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Onde está Papai Noel? ( conto)

Elisabeth Amorim

            Estava chegando o  Natal, eu estava tão feliz com a possibilidade de ganhar a minha boneca que não conseguia nem dormir. Ainda mais que na escola fiz a cartinha para o Papai Noel, não foi a primeira, mas como foi com a ajuda da professora, com certeza ele atenderia, pois minhas cartinhas nunca tiveram respostas.  Dessa vez, comecei a perguntar  onde morava esse tal de Papai Noel que eu não consegui localizá-lo. E não era por falta de tentativas.
          Eu não entendia muito bem  porque quando eu pedi para que a minha professora lesse a minha cartinha ela chorou.  Claro que ela disse que foi um cisco que havia entrado no olho, mas se não havia nenhum vento... Por  que será? Eu disse para ela que não queria aborrecê-la, apenas fiz o meu pedido. Ela não solicitou  que colocássemos no papel os nossos sonhos mais profundos ?
          “ Onde está  você,  Papai Noel? Espero que dessa vez a minha boneca venha mais limpinha e que tenha os dois braços... Eu não tenho nada contra   a minha bonequinha sem braços que ganhei no ano passado. Às vezes duvido da sua existência...Por que só aparecem em minha meia brinquedos quebrados?   Acho que  foi aquela boneca da filha da minha vizinha tinha jogado fora... Eu gostei, juro!  Mas  eu queria uma boneca com os dois braços, porque a outra que ganhei não sei quando , estava  doente também, estava faltando uma perna e tinha apenas um olho. E quem vai cuidar das minhas bonecas doentes? “
          Eu sei que minha mãe  lavadeira, lavou bastante as coitadinhas. Mas elas estavam encardidas e muito arranhadas.  As marcas das minhas bonecas não saiam mais. Acho que  elas se parecem um pouquinho comigo. Também carrego as minhas marcas. Só que estava contando as horas no dedo para chegar à noite. Pois natal era no outro dia!
           Chegou o Natal! Corri para olhar a meia que deixei atrás da porta e continuava vazia.  Acho que não fui uma boa menina, pois nem as bonequinhas aleijadas me restaram esse ano.  Dessa vez o cisco caiu no meu olho...
           Até que ouço alguém falando meu nome. Era uma voz conhecida. Corri e sorri timidamente para a minha professora. Também sorrindo  ainda com aquele maldito cisco no olho!
          _ Não sei o porquê...  acho que o Papai Noel errou o endereço e deixou isso lá em casa... mas tem aqui o seu nome.
          Arregalei os olhos, agarrei o presente. Pela primeira vez tive o prazer de abrir um presente com aquele papel colorido e bonito.  E daquele pacote gigante, tinha uma linda boneca.  Chorei abraçada com a minha boneca, minha linda boneca chegou no Natal. Fiquei tão feliz que abracei a minha professora e nem nos preocupamos em limpar os ciscos que entraram em nossos olhos. Só consegui balbuciar:
          _ Obrigada, eu não disse que esse ano eu teria um feliz natal? Eu disse... Eu não disse, professora? Eu disse. Eu disse. E o seu presente, professora, Papai Noel deixou o seu?

         Dessa vez a minha professora nem  enxugou as lágrimas, disse que já havia ganhando o mais lindo presente do mundo. Não entendi, mas se ela disse, deve ser verdade. Será  que o presente da professora foi melhor que a minha boneca?

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Jesus Cristo ( acróstico)


J ESUS  é o Grande Mestre
E nsina-nos todos os dias
S ua  lição encontramos:
U nião
S olidariedade



C  omunhão
R espeito
I rmandade
S abedoria...
T eu nome reflete
O  AMOR  de DEUS por nós.


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Consciência branca em conflito ( crônica)

                                                                                                       


Recentemente uma jovem negra monologava em voz alta sobre o “Dia da Consciência Negra” e numa das falas ela reclamava de como “os negros querem se aparecer por conta dessa data”, geralmente, segundo ela, “fazendo-se de vítima”.  Em síntese, ela mostrava o absurdo das escolas discutirem “o dia do negro” sendo que assuntos mais importantes ficam sem discussão.
Há uma coisa que a minha práxis pedagógica me ensinou é que num momento de tensão, revolta, nervosismo o melhor caminho é ouvir, deixar que a pessoa fale, desabafe, jogue seu fardo no chão. Porque qualquer opinião contrária, a revolta aumenta e o descontrole é maior. E foi o que fiz, até o momento que a jovem cobra-me uma posição favorável ou contrária a sua defesa. Fiz apenas essa pergunta para reflexão:
_Como você analisa a liberdade dada aos escravos e seus descendentes sob a perspectiva da Lei Áurea, assinada pela Princesa Izabel e como essa liberdade ganha outra conotação sob a ação de Zumbi dos Palmares?
A jovem me olha assombrada, digerindo cada palavra, mas disse que não havia entendido  e pede para repetir a pergunta.  Achei que não adiantava repetir, quando se fecha os olhos diante de tantas informações, não seria dois, três minutos que a convenceria a tirar a venda dos olhos.  Disse simplesmente, que não havia  “dia do negro”, mas o dia para refletir a história de uma pessoa negra que lutou pela liberdade de outros negros e por conta da sua luta pagou com a própria vida.  E nesse dia, pensa-se no cumprimento  dos  direitos humanos, respeito às diferenças, combate ao racismo... Pois, ainda hoje muitos negros  estão morrendo por conta da cor pele, muitos são presos e discriminados também,  por conta da cor da pele. E esse tema( referindo-me aos direitos humanos universais) deve ser uma constante em todas as escolas,  ou não? Indo além, provoco: Veja como nós negros somos maioria...
E a jovem sentindo “quase branca”,  olha-me revoltada e dispara: “_ Sou contra! Sou contra as cotas, sou contra esse carnaval que se faz em torno do negro... Há índios, há brancos! Por que não a Consciência Branca?!  Por que não Consciência Índia? Muitos negros querem fama às nossas custas! Fazem sucesso porque são negros"
Não disse? Quando se tem uma opinião formada não adianta mexer... Vira-se contra  qualquer interventor.  Dessa vez, não quebraria o meu silêncio, não iria rebater aquela provocação. Ela não entendeu  a diferença entre fama e sucesso. A fama todos os dias os big brotheres da vida lançam “famosos”.  Os presídios estão cheios de presos famosos devido o currículo no mundo dos crimes. Na política há famosos pelas falcatruas praticadas. Já sucesso é conquista pessoal. É investimento, por isso duradouro.  Percebi que a jovem não estava falando dos negros em geral, ela estava o tempo inteiro falando de si mesma. Na verdade ela queria quebrar o espelho,  de repente não gostou da boneca quase branca refletida.  O espelho  tira-lhe a máscara, ela  surta e não sabe mais o que fazer com a sua consciência branca em conflito...
         
                                                                                                          E. Amorim









terça-feira, 10 de novembro de 2015

Beleza interior ( mensagem)

                                                                                                                Elisabeth Amorim



             O grande Vinícius de Moraes em sua “Receita de Mulher” inicia “As feias que me perdoem/ Mas beleza é fundamental. É preciso”.  Quero acreditar que ele se referiu a beleza da alma, uma beleza interior, apesar desses versos  e nos demais apontarem o ideal de mulher de forma descritiva nem muito gorda nem muito magra, que tenha nádegas  e que seja perfumada e que as axilas sejam ...  por aí vai nessa viagem poética  pelo corpo feminino.
          Parabenizo o estilo poético de Vinícius, mas quero falar do outro lado da mulher, talvez o não visto pelo poeta, mas, às vezes, percebido pelas  ações, reações, conjunto de valores agregados ao longo da história de cada uma.  Ao analisarmos as conquistas das mulheres diante de tantos  olhares depreciativos, apenas para o corpo, iremos  questionar: Como as mulheres conseguiram chegar tão longe?
          A beleza interior muitas vezes  é refletida apenas  em nossos espelhos.  Diante deles desnudamos a nossa alma. O cansaço, os aborrecimentos, as exclusões, reprovações, as lutas, não diminuem as nossas forças. E isso incluo também a de muitos homens, gays, lésbicas que lutam para conquistar espaços reservados para outros.  Todos e todas  são dotados de beleza interior e de feiura interior. Infelizmente a feiura se faz mais presente, é mais notada em detrimento da beleza.
          É a feiura que nos faz achar que somos superiores  ao nosso irmão, isso por causa de um corpo malhado, uma religião, um cargo político, condição econômica-social... É a feiura que faz com que não dividimos o pão, acumulamos quatro empregos  enquanto o índice de desemprego é assustador no país, para nós, indiferente.   É  com  feiura que aprendemos desde cedo “ primeiro eu, segundo e terceiro,  eu também”. É a nossa feiura que alimenta o nosso egoísmo.  É a feiura que nos faz andarmos pela contramão atropelando quem ousar a seguir o caminho certo.  E com muita feiura  agarramos  crenças, valores,  medos, superstições, seitas e criticamos e atacamos  todas as pessoas que pensam contrário a nós, seja na religião, política ou na filosofia de vida.  Como se quiséssemos um mundo de pessoas feias como nós. Sem um minuto para a reflexão: Se todos fossem como eu como seria o mundo?
               Por outro lado,  velhos(as) com as rugas fazendo pregas no rosto, com os olhos cansados, sem a vitalidade propagada e almejada pelos poetas, não entramos  mais na estatística da “receita de mulher/homem”. Notamos que a  sabedoria é intocável.  A beleza física é passageira.   Às vezes na própria juventude ela se esvai, basta uma doença como um câncer de pele, um maltrato, uma violência, um acidente grave...  O que fica? Beleza  sim, é fundamental. Mas a beleza interior,  essa é para sábios.
            A beleza interior nos faz diferentes diante dos nossos espelhos.  Guardamos em nós a sensação de dever cumprido devido  a prática de uma boa ação.  Aquele sintoma de bem estar, feliz com a vida, sem propagação no facebook,  porque é no silêncio que mostramos o quanto somos humanos e solidários. Mesmo com as tribulações  não há murmuração, pois a vitória chegará, é essa certeza de recompensa alimentam-nos.   Façamos a nossa  receita de vida saudável. Uma receita de como viver com dignidade ou melhor, como viver em paz conosco e com o nosso entorno.
           Quando aprendermos e praticarmos  essa receita, construiremos um  mundo melhor.  E com certeza,  mesmo quando estivermos com 200 kg e pele toda enrugada pela ação do tempo  ao olharmos no espelho,  enxergaremos em nós  o grande Hércules  ou uma linda sereia. Porque uma vida digna nos deixa mais leve e a nossa beleza interior exterioriza-se.
          Ah, se  todos  fossem como eu como seria o mundo? Essa pergunta eu passo para você diante do  espelho... Espero que possa se orgulhar da sua resposta.



sábado, 7 de novembro de 2015

Chuva de estrelas cadentes ( conto)

        Elisabeth Amorim
*
   

      
           Eu era tão pequenina , mas  ouvindo as histórias de gente grande passei a acreditar em Papai Noel, fadas, Gatas Borralheiras...Não entendia porque em minha chaminé nenhum Papai Noel tinha ficado entalado e  a minha abóbora  à meia-noite, continuava do mesmo  jeito. O máximo que conseguia transformá-la era numa massa pastosa e mal cheirosa.
                No entanto os sonhos não morrem jamais. E naquela noite eu sentia que algo mágico iria acontecer comigo. Eu notaria a estrela cadente. Assim, ao vê-la poderia pedir a realização  daquele sonho escondido lá no fundo da memória, mesmo assim, o brilho da estrela iria ser tão intenso que chegaria até ele... Acreditei. E passo a olhar para o céu, da minha janela nada de novo acontecia.  Olhava, era madrugada, a casa em silêncio dormia. Enquanto do meu local observava cada estrela piscando para mim, só piscava, mas todas preguiçosas não queriam sair do lugar para que meu sonho se realizasse.
              Pensava.  Nem no Natal?  Natal os sonhos se realizam, ou não?  Mas as estrelas não sabiam que era  noite de Natal. Limpo uma lágrima teimosa, desistindo de ficar naquele posto de observação. E resolvo fechar a janela. Fazer o quê?  A fantasia infantil estava chegando ao fim.
              E como se as estrelas  tivessem combinado, uma constelação passa a dançar  em minha frente.  As estrelas em festa mudam  de um local para outro,  como se o céu resolvesse me presentear com uma chuva de estrelas cadentes. Não sabia se ria ou se chorava.  Fiquei extasiada com aquele espetáculo mágico apresentado especialmente para mim.  As estrelas fizeram uma festa para mim.
             Meu sonho?! Diante da grandeza daquele espetáculo ele se agigantou, as estrelas me iluminaram.  É bom ser  amada pelas estrelas do céu.  E se você não conseguiu ainda notar a estrela cadente, nem se preocupe,  o natal está chegando... a sua estrela virá em festa te encontrar.  Ela brilhará em você. E os seus sonhos serão do tamanho da sua vontade de potência e do seu querer... 

                          * imagem da web, apenas ilustrativa. 


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Filha da noite (poesia)

Elisabeth Amorim

*

Gritos e soluços cortam o silêncio,
Rasgam a noite ao meio
Opressores e oprimidas.
Arranhões, mordidas  e açoites.
Resistência e dor
A voz protesta,
Um apelo mudo,
Surdo.
Murmuro,  sussurro,  em silêncio...
Grito.


Grito.
Ecoa entre as paredes nuas
Do quartinho da senzala.
Posse.
Gestação.
Violência.
Discriminação.
Sou filha da noite!
Dos desejos dos coronéis.
 Carne.


Carne.
Ó canibais! Saciaram a fome
Naquelas mulheres  sem nome
De uma servil escravidão.
Um passado que ficou lá trás.
Sou filha da noite!
Do capricho e vergonha
Do grito que cortou muitas madrugadas.
De coito e açoite.
Açoite.

Conquistei o meu lugar
Tenho grande valor
Quem rosa me traz
É o meu amor.
Com ele vou me deitar.
Se isso lhe apraz,
Dele sou.


Sou,
(Psiu! Não confunda!)
Muito mais que peito e...
Bunda.



                                          (20 de novembro, Consciência Negra) 

*Quadro de mulher africana, disponível na web. Texto originado da imagem, é o que chamamos de Literatura desmontada, pois a literatura se multiplica a partir de um texto( verbal ou não-verbal), outros  surgem.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Pretinha como Carvão (cordel)

*

Seu nome era Aninha
Nascida na linda Bahia
Uma bela garotinha
Sentia uma  imensa alegria
Mas em seu nome, que situação!
Arranjaram um “Pretinha como carvão”.


Ela se sentia contemplada
Tinha beleza e simpatia
Ser preta e abençoada
Naquela terra da magia
 Mostrava-se uma indignação
  Sorria  triste do  “Pretinha como carvão”.


Muito ouviu  aquele mote
Mas a  garotinha  nunca o abraçou
Sempre havia um rapazote
Que  ria do apelido  que pegou.
Daquela  disfarçada discriminação
_Sou eu?!  A  Pretinha como carvão.


_Pretinha como carvão!
Venha cá, por favor!
Você sabe, não é preconceito, não
Eu nem tão branquinho sou...
Você se incomoda com essa situação?
Ser uma negra pretinha como carvão?


_ Seu moço, por favor,
Agrida-me se assim o desejar
Você carregue o seu andor
Porém, por que não aprende a respeitar?
E na sua consciência ao por a mão...
Olhe  a  sutil discriminação.


Ana Bahia da Consolação
Ensina para todos nós
Que muita discriminação
Aparece sutilmente nos anzóis
Não seja isca, não!
Aprenda mais essa lição.

                                     
                                                            Elisabeth Amorim


* DINA GOMES, Menina negra (imagem apenas ilustrativa, disponível na web, caso o autor não aprove, retiramos imediatamente)


20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

Literatura de mainha 6 - Afirmação de identidades

 Mais um vídeo para você prestigiar.  Textos básicos; O sapo - Rubem Alves O sapo que não virou príncipe - Elisabeth Amorim