Quando falamos sobre Consciência
Negra o primeiro nome que vem à memória é o de Zumbi dos Palmares, o grande líder
do Quilombo dos Palmares, herói negro
que lutou pela liberdade de seu povo até a morte em 20/11/1695. A história do Brasil permeada de heróis brancos,
resistiu, resistiu, resistiu... somente em 09 de janeiro de 2003, através de
Projeto Lei 10.639 foi criado o DIA
NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA, e a data não poderia ser outra: 20 de novembro
em homenagem a Zumbi.
Sabe aquela pessoa que
tinha tudo para ser esquecida? Pois é... Não foi. A história de Zumbi é muito
interessante, ele foi retirado à força do seio familiar ainda criança, mesmo
sendo livre, ele foi criado por um padre.
Estudou idiomas, aprendeu a religião,
mas não deixou ser catequizado. Alimentou e fortaleceu o desejo de liberdade
não apenas para si, mas para todo o seu povo. E na primeira oportunidade o
adolescente Francisco fugiu e retornou para
seu povo, eis o Zumbi! Guerreiro ou mito?
O Quilombo dos Palmares
era governado por Ganga Zumba, tio de Zumbi. Na época, século XVII, o quilombo pertencia a Capitania
de Pernambuco, por sinal, uma capitania muito próspera. Quilombo era local de
resistência e abrigo de escravos foragidos, com leis próprias, fato que
contrariou a Coroa Portuguesa, já que o país estava sob o domínio de Portugal.
E justamente por discordar de acordos de paz entre o líder e o governador, privilegiando
alguns negros, Zumbi rompe com o líder Ganga Zumba. As lutas internas
provocaram a morte do tio, e a ascensão
do sobrinho. No entanto, há quem defenda que o problema que agravou a discórdia
entre tio e sobrinho, foi a paixão avassaladora de Zumbi por Dandara, uma das
protegidas do tio... Será? Só lendo “ Consciência Negra, um toque de amor”...
Ah, se o mundo tivesse
a consciência de Zumbi... a liberdade e igualdade seriam para todos, não para
alguns. Zumbi começou a lutar pelo fim
da escravidão no Brasil, ele queria ver o seu povo livre das correntes. Livre
do tronco, do preconceito racial e das chibatadas. E por não aceitar uma liberdade pela metade,
lutou até a morte.
Na linguagem dos nossos
jovens, “Zumbi estava de boa” quando estava morando com o padre. Mas qual a
consciência de Zumbi? Ele não queria essa vida só para ele. Zumbi nasceu livre!
E assim também morreu lutando pelo sonho de liberdade. E o sonho foi interrompido por alguém que não apendera a sonhar... Zumbi
foi traído por quilombolas, que é isso,
companheiros?
O mundo precisa de
muitos guerreiros como Zumbi, guerreiros
de consciências, sejam brancas, negras, amarelas, mestiças, mas de consciências.
A Consciência (Negra) de Zumbi deu o pontapé para abolição da escravatura, que
veio ocorrer em 13 de maio de 1888 com méritos para a princesa Isabel, isso quando a
mão-de-obra escrava estava sendo um transtorno para os donos dos escravos. A Consciência (Negra) de Zumbi pensou no bem
da coletividade num país da “farinha pouca meu pirão primeiro”. Enfim, a Consciência (Negra) de Zumbi deu um novo rumo
a história do Brasil, mesmo permeada de mitos e zumbis, mas uma história que,
talvez, resgate o direito de sonhar por um país cheio de
CONSCIÊNCIA, NEGRA? Por que não?
E.Amorim
Algumas leituras
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