segunda-feira, 12 de outubro de 2020

A velha canoa( infantil de Elisabeth Amorim)


                                                

                      Para as eternas crianças que habitam em grandes homens: Lucas e Marcos

Lucas e Marcos eram duas crianças inteligentes, gostavam de brincar perto da margem do Rio Paraguaçu. As brincadeiras preferidas eram numa velha canoa encalhada, os meninos fingiam ser grandes marinheiros desbravando as águas doces e tranquilas do nosso Rio Paraguaçu e daquele local muitas histórias iam surgindo.

Da velha canoa presa a uma corrente, Marcos viajava, viajava… ganhava o mundo, enquanto Lucas apenas observava a paisagem.  Eufórico, Marcos gritava:

_ Lucas, estamos chegando na Serra do Cocal, em Barra da Estiva, veja!

Lucas sempre admirando a paisagem e o livro que estava em sua mão, tranquilamente respondia que era ali que o Rio Paraguaçu nascia. Marcos entusiasmado, continuava a comandar a sua velha canoa:

_ Lucas, nós iremos passar em Iaçu, Mucugê, Itaetê, Cachoeira e São Felix…

Lucas sabia que aquelas cidades eram banhadas pelo Rio Paraguaçu. Ah, o local preferido dele era descansar perto da ponte Severino Vieira, na cidade de Iaçu. A tão conhecida Ponte Velha, tão velha quanto aquela canoa, e cheia de lendas também. E fala para seu grande amigo Marcos:

– Amigo, chegando em Iaçu, pare! Ficarei lá. Você poderá prosseguir, mas eu prefiro ficar…

E todos os dias, lá estavam eles na velha canoa. No mundo da imaginação Marcos viajava pela Bahia através das águas do Paraguaçu. Enquanto Lucas, apenas admirava a paisagem e a leitura.  Um dia Marcos perguntou a Lucas, o porquê ele não saia daquela canoa velha, o que ela tinha de especial para ele não querer viajar naquela canoa. E Lucas respondeu:

– Quem disse que não viajo numa canoa velha?  Eu gosto desse lugar porque daqui eu tenho a visão mais linda que já vi. Daqui eu vejo o Sol nascer sorrindo para mim. E é daqui que vejo o mais lindo pôr-do-sol. Viajo muito, talvez, até mais que você.

Marcos, coçou a cabeça, sem entender direito a fala do amigo e pergunta:

_ E como você vai conhecer os lugares se não descer da canoa, meu amigo?

Sorrindo, Lucas balança o livro que estava em suas mãos, e diz:

-Através dos livros eu viajo pelo mundo!  Eu admiro cada flor, árvore, paisagem e pássaros encontrados nessa travessia.  

Os dois amigos se abraçaram e recomeçaram novas viagens, cada um buscando caminhos diferentes, mas felizes. Lucas ensinou a seu amigo Marcos que o percurso é mais importante que a chegada. Enquanto Marcos conduzia sua canoa, Lucas viajava no mundo da literatura e compartilhava as descobertas com seu grande amigo. Juntos transformavam as velhas canoas em navios, iates e entravam naquele mundo fantástico que só os grandes amigos compartilham.  

sábado, 10 de outubro de 2020

Celebrando 100 anos de nascimento de Clarice Lispector ( Teias Brasil – Estados Unidos)

 

                            I Congresso Internacional  Brasil in Teias Culturais - UNEB, Campus II

                              Mesa 04: Organização e Mediação Acadêmica: Dr. Luciano Tosta

                              

                             Mediação teénica: Elisabeth Amorim

domingo, 5 de julho de 2020

Se cada leitor doasse solidariedade...(campanha)


                                       

 Bastaria cada leitor que procura o texto de ELISABETH AMORIM   doar 01 dollar,  real,  peso  ou  euro... basta um! E reviravolta literária acontece.  Sou fã e sei que você também é, nossa diferença eu ajudo divulgá-la e você?    
                           
Conta: 20746-2 (confira o nome da autora)
Banco do Brasil: 2105-9

  Se você já leu algo que leva o nome Elisabeth Amorim chegou a hora de colaborar com esse projeto. 
Queremos publicar se não puder colaborar conosco, doe SOLIDARIEDADE, divulgue um texto dessa autora.



PANDEMIA E DISTOPIA NO CINEMA E NA LITERATURA




 Por favor, divulgue!  Mediação de ELISABETH AMORIM

Literatura e necropolítica: desigualdade e exclusão na Bahia de ontem e hoje


POR FAVOR,

AJUDE A DIVULGAR.

 ELISABETH AMORIM na mediação.

Narradores de Canudos


Ajude a divulgar esse vídeo

Elisabeth Amorim na mediação.

DIVULGUE, por favor...

Quebrando pedras ( crônica)

Elisabeth Amorim e as desmontagens literárias

Por que muitas pessoas não notam o outro quando  o mesmo está caído? deprimido?Fico impressionada com as voltas que a vida dá, e  cada vez mais tenho a certeza de que nada acontece por um acaso, como disse um grande amigo, o “universo conspira para que as ações positivas sejam multiplicadas”… Não tenha inveja de ninguém, seja você! O seu brilho aparece sem que você note, da mesma forma, as ações feias também deixam marcas.
Lembrei-me de um leitor assíduo num site que colaborei que a cada postagem, ele registrava “não gostei” ou então escrevia “só gostei do ponto final”  mas não parava de me acompanhar. E um dia eu não estava bem, e quando a gente não está bem… sai de baixo com as provocações.  Ao ler “cada dia você escreve pior”. Deixei a resposta mais ou menos assim:  “Senhor, que bom que você não gosta de meus textos, mas não desiste da leitura… Mas acho que deveria procurar um médico, não é saudável ser seguidor de alguém que não gosta.”
Gente, o resultado dessa minha mensagem foi uma catástrofe! O homem  ficou uma fera e fez uma sequência de ataques “ Carta para uma rainha” e “ Elisabeth não gosto de você!”  entre outras coisas do gênero… Esperando uma outra reação, acho que ele nunca teve tantos leitores quanto aquele período, fazia o ataque e esperava a minha reação, coitado! Se ele disse que não gostava de mim, eu ia ler nada dele? Se eu não gosto, não passo nem perto, sabia que ele estava me atacando que ele ia na minha página e colocava lá o título do texto em minha homenagem, pensou que eu ira bloqueá-lo. O mundo tem tantas pedras naturais, que as artificiais a natureza se encarrega de levá-las para bem longe da gente. Pedra rola tão facilmente.
 E ouvindo um depoimento de um professor Doutor em literatura  sobre os obstáculos encontrados para chegar onde está, a reflexão bate: não é fácil ser um vencedor ou vencedora, é preciso quebrar muitas pedras.  E quebrar pedras dá um trabalho enorme, é muito tempo, dedicação, suor, paciência…  sem falar que nem toda pedra pode ser lapidada, quantas pedras brutas no nosso caminho!
Desde cedo, jovem mesmo, pensava que não podia mudar a história se não investisse numa mudança pessoal. Se eu não consigo mudar minhas práticas não posso esperar a mudança de um sistema bem maior que eu. E decidi fazer a diferença, e hoje vejo como meu amigo tem razão, Deus conspira a nosso favor. Ao ensinar não foi diferente, vi o livro didático de Língua Portuguesa com textos que não convence nem atrai leitor algum, era uma convivência árdua se não usasse a desmontagem literária. Estranheza no início, descrédito, pedras, foi preciso quebrar muitas pedras para conseguir o resultado da lapidação.
“Aquele leitor que me agredia devia ter descoberto que quebrar pedras só não basta, é preciso trabalhar na lapidação” Elisabeth Amorim
Hoje quando vejo escolas da rede municipal praticando a desmontagem literária, fico feliz.  É a Literatura e a Semiótica juntinhas, tão coladinhas a ponto de andarem de mãos dadas na Praça dos Ferroviários, na cidade de Iaçu. Cidade da escritora e pesquisadora Elisabeth Amorim que desde sempre pesquisa A Desmontagem Literária na Educação Básica.  Desmontar, desconstruir ao contrário do pensamento de muitos, não é destruir, mas multiplicar, abrir o leque para que a literatura se espalhe cada vez mais, e o melhor, com ajuda de novos leitores-autores. Ah, aquele leitor que me agredia devia ter descoberto que quebrar pedras só não basta, é preciso trabalhar na lapidação, não desistiu de mim, mas dele mesmo, cansou de me provocar sem retorno, deixou o site.


                                                            Elisabeth Amorim

sábado, 20 de junho de 2020

Toponímia Baiana: língua e cultura ( live do Pós-Crítica/UNEB)




"Você já foi à Bahia, nêga?
Não?
Então vá!
Quem vai ao Bonfim, minha nêga,
Nunca mais quer voltar
Muita sorte teve,
Muita sorte tem,
Muita sorte terá.
Você já foi à Bahia, nêga?
Não?
Então vá! ..."    (Dorival Caymmi)

sexta-feira, 5 de junho de 2020

sábado, 30 de maio de 2020

Banco dos Velhos (crônica)

                                                                                               Para Edmilson Amorim
                                                 

Banco dos Velhos - Praça dos Ferroviários - Iaçu -Bahia BR


Todas as noites um grupo de senhores se reuniam naquela Praça, conhecida como Praça dos Ferroviários. E ali os mais diversos temas eram discutidos, variavam entre futebol, mulher e política. Todos sabiam que aquele banco tinha dono, com todas as letras “Banco dos Velhos”.
Como espécie de ritual, um se achegava, esperava o outro e mais outros. Quando um demorava logo o celular era usado, a reunião no “Banco dos Velhos” acontecia.  E não é que a pequenina cidade Iaçu, os velhos aumentaram? Não se sabe quem, mas de repente,  do lado daquele banco, um outro banco apareceu. Ficou estanho dois bancos, um juntinho do outro como se fossem dois namorados.
De repente, um disse que o outro disse que havia um vírus lá longe... Agora, além do futebol, mulher, política entrou mais um assunto na roda de conversa, o tal vírus que está atacando os velhos. E os vídeos humorísticos com o tal do corona iam sendo circulados, talvez, com aquele desejo oculto de tudo não passar de uma piada de mau-gosto. Não foi. Sorrateiramente, o vírus, conhecido como COVID 19 chegou naquela pequenina cidade. A pandemia que assolava o mundo não tem cabresto, nem tem freio, nem muito menos ideologia política ou religiosa. Devastando sonhos, o vírus corre o mundo desenfreado.
Isolamento social, máscaras, álcool em gel, quarentena são usados para tentar impedir a entrada no vírus. Os velhos correram da Praça dos Ferroviários, e o vírus inicialmente, ganhou um  apelido “caça-velho”, isso porque achavam que o alvo eram os idosos. Ah, quanto engano! Ele não faz seleção antes de atacar, ninguém está imune, sejam novos ou velhos, gordos ou magros, adultos ou crianças. Escolas fechadas, crianças escondidas, silêncio, muitos silêncios nas ruas.  Mas de todos os silêncios, o mais gritante é olhar para o “Banco dos Velhos”.


                             Elisabeth Amorim


Literatura e Ditadura

 Dra. Eurídice Figueiredo
Dra. Lícia Soares
Mediação: Elisabeth Amorim ( doutoranda)

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Práticas Decoloniais no Ensino da Língua Estrangeira através da Literatura

E vamos que vamos!


Na mediação, ela... ELISABETH AMORIM.

                     
                                  PARABÉNS, PROFESSORAS!

Literatura de mainha 6 - Afirmação de identidades

 Mais um vídeo para você prestigiar.  Textos básicos; O sapo - Rubem Alves O sapo que não virou príncipe - Elisabeth Amorim