Naquele natal tudo parecia sob controle, apesar da grande
crise econômica que alastrou no país, nada que uma Black Friday não resolva. Até
o bom velhinho já cansado de percorrer o
mundo no seu trenó puxada pelas famosas renas recebeu um convite especial: Vir à Bahia passar o natal.
- Como viajar para tão longe?
- Era o questionamento do
velhinho barbudo. A Bahia é quente, será
que poderia ir com uma sunga para
aproveitar as praias...
-Nem pensar! Papai Noel que se preze tem que usar roupas
vermelhas, botas pretas, gorro e usar como transporte um trenó... Até aí tudo
bem, mas como levar as renas para um local tão quente? Elas não iriam
resistir...
Pensa daqui e pensa de
lá, sem se chegar a nenhuma alternativa, a não ser a certeza de que as renas
não aguentariam o calor baiano. Até uma ideia surgiu:
- Que tal pintarmos as
renas de dourado? Assim, elas não sentiriam tanto calor...
_ Perfeito! Vamos pintá-las.
E derramaram vários potes de tinta dourada sobre as renas e
elas ficaram diferentes, pareciam feitas de ouro. Surgiu um medo inicial, se
pensasse que suas renas fossem de ouro e carregassem para bem longe... No
início o cheiro da tinta incomodava, mas elas logo se acostumaram...
Só quem não gostou muito foi o bom velhinho, pois as renas
douradas eram muito procuradas para as fotos, enquanto o Papai Noel quase não
foi lembrado pelas crianças e adultos. E
aquele natal ficou muito conhecido como “Natal das Renas Douradas”.
Elisabeth Amorim
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