O povo nordestino
Entrega a Deus cada passo
Deixa o Pai guiar o destino
Desfaz com sabedoria todo laço
É guerreiro feito
bicho valente
Teme morrer quando a rasga-mortalha solta um pio...
Mas se diverte com a ponte que caiu no rio...
II
Tudo começou de
repente
Ninguém podia imaginar
Que no Rio Paraguaçu da
serpente
Um trem iria despencar.
Década de 80, pessoal
Vagões desembestados
saem a mil...
E param na ponte que caiu no rio.
III
Saia da frente que lá
vai o trem!
Misto ou Mochilão?
Correndo feito louco outro vem
Sem se importar com a contramão.
Na ponte férrea se encontram
E barulho causou arrepio,
Na ponte que caiu no rio...
IV
O trem desgovernado
Sem freio nem direção
Parece que foi arte de algum pecado
Um anjo arteiro destravou o freio de mão...
A tragédia era certa
O medo causava arrepio
Até na ponte que caiu
no rio.
V
Carregado de mercadorias
Os vagões se arrebentaram
Foi a atração daquele dia
Disputar os produtos que se espalharam
E todo o povo se reuniu
Na ponte que caiu no rio.
V
Um novo cartão postal
Nasceu naquele dezembro
Um tanto surreal
Mas de tudo eu me lembro.
Metade da ponte ficou de pé
Outra metade sumiu...
Da ponte que caiu no rio.
VI
Agora temos no lugar
A ponte quase invisível
Se você quiser visitar
Conhecerá um local incrível.
Diferente com certeza
Digno de grande elogio.
É a nossa ponte que caiu no rio!
VII
Onde a ponte caiu...
Mora a serpente do paraguaçu
No rio?
Isso é lenda de Iaçu.
Então a ponte não sumiu?
Não era primeiro de abril...
Quando a ponte caiu no rio.
E. Amorim
* imagens do facebook.
agosto é mês de aniversário da cidade de Iaçu, mas você ganha o presente conhecendo as peculiaridades do local.