Parece mentira, mas o nosso país
é um país forte, apesar dos problemas enfrentados como a operação lava-jato que levou muitos ricaços para a
cadeia, a corrupção, lavagem de dinheiro, impeachment de presidente entre
outras coisinhas que arrasam com a economia, vivemos cinco dias de folia
dançando, pulando e cantando atrás do trio elétrico.
É preciso sonhar! É preciso
acreditar! É preciso viver cada ritmo, sentir o calor que emana da multidão que vai às ruas,
avenidas, e de certa forma, esquecer os problemas e desfrutar o momento. Estamos em crise! Mas nem parece,
conseguimos manter status muito bem. Fizemos um belo carnaval.
Esse ano a propaganda do carnaval
baiano girou em torno da folia sem corda,
numa tentativa de aproximar os artistas dos foliões. Carnaval é uma festa mágica! Consegue fazer
uma lavagem cerebral em multidão, que depois do carnaval sem cordas, muitos se
tornaram íntimos dos famosos, todos juntos pulando na pipoca. Em cima do trio
os artistas milionários e correndo atrás do trio vai o povão. Mas tudo bem, carnaval
é assim mesmo, todos juntos, nunca misturados.
O carnaval acabou, mas ficamos
nós com a nossa estrela Ivete Sangalo que
muitos insistem em vê-la como “furação baiano”.
Talvez, até seja mesmo, já que ninguém consegue ficar sem se movimentar
diante da presença dessa cantora.
Realmente, o carnaval sem cordas deve ter sido bárbaro, estupendo,
lucrativo... para quem? Para uma foliã carioca que disse em rede nacional que
o carnaval bom é o da Bahia, e imediatamente, moveram céu e terra para
localizá-la e trazê-la para cá, com todas as despesas pagas, claro. E é bom mesmo, a festa acaba, mas a estrela da
festa continua sendo nossa.
E aqui fiquemos nós, com uma
quarta-feira morta, completamente
coberta de cinzas.
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