É segunda-feira de novo!
O que fazer com os meus planos frustrados?
O final de semana se
foi
Cidadezinha qualquer
Onde nada acontece por acaso.
Olho para os rabiscos e penso:
Onde irei me esconder da mesmice?
Como fugir dessa rotina
Quero aflorar minha meninice...
Preciso de ânimo para
um renovo
Só assim acordar o adormecido.
Escuto a voz do coração
Veio trazida pelo vento das ilhas asiáticas
Que recolhem versos traçados
Jogados ao ar,
Órfãos e vazios.
Arrepio-me de emoção
Quando vejo um sinal
Do outro lado.
Da outra margem,
Acenando-me a mão.
Olho para aquelas ilhas,
Que estrutura fascinante!
Imagens colossais, intrigantes,
Estilosas
Como um grande carrossel.
Sou viajante,
Subo-desço, desço-subo a todo instante.
Passeio pelas ilhas, mas vejo-me ilhada.
Cercada de palavras em versos e prosas
Quero rompê-las para que voem comigo
E saiam das empoeiradas estantes.
Palavras soltas e livres
Assustadas usam véu...
Fazem reverências respeitosas diante das moradias.
Quero entender o porquê do sinal.
Ou seria uma ousadia?
Respondem sorrindo as doces palavras:
_ É admiração, afinal aqui tudo é irreverente...
Até os chalés usam chapéu.
Sorri bastante daquela
fantasia,
Mesmo no calor de verão
Fui parar na Indonésia.
E a alegria brotou em meu coração.
E.Amorim
Ps: imagens lindas da Indonésia, onde estão os mais novos leitores do nossa literatura.