sexta-feira, 18 de março de 2016

Sem máscaras, retoques ou maquiagem (crônica)



Há um equívoco imenso propagar que baianos são preguiçosos, acomodados, oportunistas... Sou baiana desde que nasci e esses adjetivos não fazem parte da minha trajetória, não só da minha vida, mas de muitos baianos trabalhadores que conheço. Somos persistentes e eu, particularmente, sou abusada. Quando quero algo, luto honestamente até conseguir. Bato numa porta, se não abrir, vou para outra, outra e  mais outra...até que alguém abra e convida-me para entrar. Não invado, sou educada.
Nada vem por um acaso ou engano. É na raça, na vontade e na certeza de que há um Deus que protege os que andam pelos caminhos do bem. E eu creio em Deus.
Quando decidir propagar a literatura através da internet, alimentei o sonho, para muitos, impossível: um milhão de leituras. Esse valor era a minha meta. Queria que meu texto circulasse a ponto de atingir outros países, continentes. Sonho meio louco, não? Uma baiana pobre, negra, professora... totalmente desconhecida no próprio estado em que mora ir tão longe com as suas escritas desmontadas... Sonho? Realidade!!!!!!!!!!
Como isso seria possível se não propago política partidária, acidentes, erotismo nem fofoca de artistas? Como conquistar leitores sem o sensacionalismo  que atrai multidão?  Como divulgar literatura na web concorrendo com tantas outras atrações bombásticas? Sendo eu mesma. Sem máscaras, retoques ou maquiagem. É essa a minha literatura, uns gostam, outros amam ou detestam. Escrevo para quem gosta, quem sabe um dia esse gostar se transforme em amor?
 Recentemente fui questionada de onde vem a inspiração para a quantidade de textos que produzo. Como todos que escrevem, acredito que tenho o meu momento, meu mundo, meu canto... E em “meu lugar” a inspiração surge de repente, seja de um copo que se quebra ou de um assobio lá fora. Escrevo em qualquer lugar, basta encontrar-me com a minha outra metade que me empurra até o caderno, tela do computador, capa do livro, sei lá, onde tiver espaço em branco, preencho com texto que cria asas. Se irá voar, não sei. Às vezes aquele texto que penso que terá muitas leituras  é ignorado, já outros “sem graça” são os mais lidos, compartilhados.
Hoje posso dizer que tenho leitores nos quatro cantos do mundo. Meu milhão já passou, está ficando lá trás... E meu próximo passo? Ganhar dinheiro com a literatura... Vender o meu produto. E não precisa ser milhão!  Está rindo, não é? Você não é o único. Eu também ri bastante dos meus sonhos literários, com uma diferença: Eu não desisti de sonhar! Assim, percebi que Deus também não desiste de investir em mim. Já está a caminho o primeiro prêmio (ainda não é em dinheiro) literário... aliás o segundo, pois o primeiro foi ter te conquistado.


                                                   Elisabeth Amorim/ 2016

3 comentários:

  1. De onde vem.....de Deus que te ama muito... ñ tem outra explicaçao sou fã de vc.

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  2. Obrigada, minha linda! Eu também tenho um carinho enorme por ti. Bjs.

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  3. Realmente, é Deus agindo em nossa vida.

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