sábado, 8 de dezembro de 2018

Presépio

Presépio do Salvador Shopping


Herodes com todo o seu poder, ouro e arrogância não conseguiu deter a força do bem. Não adiantou mandar matar todas as crianças, perseguir inocentes, não adiantou tentar silenciar a voz  do Filho do Homem, ela saiu como canto para uns e punhal para outros e se propagou de tal forma que milhares de anos depois, estamos a refletir o poder do amor.
Às vezes um homem nasce no Japão e a mulher em Angola... quando nasce o amor, a distância, a cor da pele, os olhos puxados, os cabelos diferentes, as religiões, as culturas... tudo pode ser diferente, mas o amor unifica, padroniza, une, multiplica.
Que seria da humanidade sem esse sentimento tão belo e tão poderoso? Como as pessoas viveriam sem amor? Impossível!  As pessoas que não amam não aprenderam o real sentido do viver, conviver, repartir... Se pensa, caro leitor, que estou falando isso por conta da proximidade do Natal, está engando.  A imagem, sim, detonou a inspiração, mas o Natal é uma data linda, sem dúvida alguma, no entanto, o amor não pode ser manifestado apenas num período único de cada ano.
Vejo a corrida para as lojas para as tradicionais lembrancinhas natalinas, as pessoas de quem tenho um grande apreço, não presenteio apenas no Natal, sempre que posso faço um mimo. Porque o dia-a-dia é mais importante do que a “novidade”.  Para muitos, o nascimento de Jesus Cristo não passou de uma novidade. Uma coisa boa, que quando é conveniente lembrar, é lembrado. E ouvindo uma pregação do pastor Marivaldo da Silva, ele disse algo que inquieta, mas sei que é real: “ No Natal  muitos cristãos não se lembrarão do dono da festa, porque a preocupação é a roupa,  sapato,  presente...”
A festa do Natal é marcada pela festa do amor, da solidariedade, da paz, porque o aniversariante passou tal mensagem. E como há pessoas fáceis de amar e outras tão difíceis, há pessoas flores e outras espinhos, há pessoas brisas, no entanto há também as tempestades. E o segredo da felicidade é amar o diferente de nós, porque se buscarmos amar apenas os iguais, correremos o risco de não sairmos de frente do espelho.
E para que o Natal seja realmente muito feliz é regar a sementinha do amor que foi jogada em cada um de nós, cuide dela o ano inteiro, assim, as flores e frutos serão colhidos diariamente. Porque quando nasce o amor, ninguém é capaz de destruir. Pode blasfemar, colocar coroa de espinhos e até crucificar, mas o Papai do Céu, com o seu sorriso maroto diz: Fique tranquilo, quando nasce o amor... eu cuido! E para amar não precisa nascer nem viver em palácio, o Menino Jesus é um exemplo a ser seguido, pois nasceu num Presépio.
                                    Elisabeth Amorim

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