sábado, 3 de outubro de 2015

SEM CORRENTES


Sem correntes (soneto)

*

Quando fui açoitada por prazer
Tu zombaste da minha dor
Negou-me o direito de refazer
A minha vida que se despedaçou.



Primeiro insistiu em me mutilar
Quando o patrão se encantou por mim.
Para ele não ter o que apreciar
Em uma negra com cheiro de jasmim.


Quantas vezes me acorrentou despida?
Na doce ilusão de se vingar
Nem percebeu a   corrente rompida...


Meu espírito livre voou até o céu
Lá meu anjo sem preconceito de cor
Carrega-me no colo com amor.


                                                     Elisabeth Amorim

* Fabiano Rocha, Essência negra 2 -  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Literatura de mainha 6 - Afirmação de identidades

 Mais um vídeo para você prestigiar.  Textos básicos; O sapo - Rubem Alves O sapo que não virou príncipe - Elisabeth Amorim